Plano de ação 8º Encontro Presencial
UNIDADE 4
1 - BOAS VINDAS : A Mensagem do bambu.
2 – Entrar no site: WWW.eproinfo.mec.gov.br e verificar a situação das postagens de cada aluno.
3 – Postar o plano no portal do professor
4 – Trabalhar com Hagáquê. Mostrar todos os passos de se construir uma estória em quadrinhos e salvar em minhas imagens.
5 – Mostrar todos os passos de como construir vídeo no Movie Maker e como postá-lo no youtube.
6 – Partilha dos resultados alcançados durante todo o curso.
7 – O curso está terminando, mas as reflexões e as ações iniciadas com ele continua.
8 – Avaliação do curso
Multiplicadora: Reila Mª de C. Oliveira
reimar.educa@gmail.com
domingo, 18 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
12 de outubro - Dia da Criança
Você criança,
que vive a correr,
é a promessa
que vai acontecer...
é a esperança
do que poderíamos ser...
é a inocência
que deveríamos ter...
Você criança, de qualquer idade,
vivendo entre o sonho e a realidade
espargem pelas ruas da cidade,
suas lições de amor e de simplicidade!
Criança que brinca,
corre, pula e grita
mostra ao mundo,
como se deve viver
cada momento, feliz,
como quem acredita
em um mundo melhor
que ainda vai haver!
Você é como uma raio de luz
a iluminar os nossos caminhos,
assemelhando-se ao Menino Jesus,
encanta-nos com todo teu carinho!
Você é a criança,
que um dia vai crescer!
É a promessa,
que vai se realizar!
É a esperança
da humanidade se entender!
É a realidade
que o adulto precisa ver...
e também aprender a ser.
que vive a correr,
é a promessa
que vai acontecer...
é a esperança
do que poderíamos ser...
é a inocência
que deveríamos ter...
Você criança, de qualquer idade,
vivendo entre o sonho e a realidade
espargem pelas ruas da cidade,
suas lições de amor e de simplicidade!
Criança que brinca,
corre, pula e grita
mostra ao mundo,
como se deve viver
cada momento, feliz,
como quem acredita
em um mundo melhor
que ainda vai haver!
Você é como uma raio de luz
a iluminar os nossos caminhos,
assemelhando-se ao Menino Jesus,
encanta-nos com todo teu carinho!
Você é a criança,
que um dia vai crescer!
É a promessa,
que vai se realizar!
É a esperança
da humanidade se entender!
É a realidade
que o adulto precisa ver...
e também aprender a ser.
domingo, 27 de setembro de 2009
Atividades da Unidade 4 - Currículo, projetos e tecnologia
Unidade 4 - Projeto, currículo e tecnologia
ATIVIDADES 1-UNID 4
Reflexão sobre as possíveis mudanças em seu trabalho pedagógico
Identificação de mudanças
Essa atividade tem o objetivo de provocar reflexões sobre a possibilidade de mudanças no seu trabalho pedagógico. Dinâmica: divisão do grupo em 5 (cinco) subgrupos para a reflexão dos questionamentos:
1- Será que, usando computadores e internet nas atividades escolares, faremos as mesmas coisas que fazíamos antes?
2- Será que haverá mudanças em nossa atuação docente?
3- O que mudará na aprendizagem do aluno?
4- Que novos aspectos vão requerer maior atenção da nossa parte?
5- Podemos criar novas estratégias que potencializem a aprendizagem de nossos alunos? No grande grupo. Leitura do Poema: "De mãos dadas", de Carlos Drummond de Andrade e a entrevista de Pedro Demo.
Essa atividade não tem postagem .
ATIVIDADE 2 – UNID 4
Possibilidades de Contribuições das Tecnologias
Participe do Fórum "Possibilidades de Contribuições das Tecnologias" e registre algumas características das tecnologias da informação e comunicação que, no seu entender, pode trazer significativas contribuições ao integrá-las à sua prática pedagógica. Em seguida, leia as características apontadas pelos demais cursistas e comente duas delas. Sugerimos a leitura do texto" Por quê o computador na educação? de José Armando Valente .(guia do cursista)
ATIVIDADE3- UNID 4
Descrição de experiência com projetos em sala de aula ( Biblioteca)
Reflita sobre uma vivência ou experiência do trabalho com projetos em sala de aula envolvendo o uso das tecnologias. Elabore um texto descritivo no editor de texto, destacando aspectos relacionados aos conteúdos curriculares trabalhados e aos recursos tecnológicos, respondendo as questões:
a) Quais os conceitos, atitudes e procedimentos mobilizados e/ou desenvolvidos pelos alunos? b) Como os conteúdos trabalhados se integram ao currículo das disciplinas envolvidas? c) Quais as contribuições das tecnologias e mídias utilizadas ao desenvolvimento da atividade? O documento deve ser salvo em Meus documentos da seguinte forma:ativ3_seunome_unid4. Poste o arquivo na Biblioteca, Material do Aluno, Tema: Atividade3.4, subtema: contribuições das tecnologias. Acesse as atividades postadas pelos outros cursistas para conhecer outras reflexões e relatos. Sugestão de leitura: Texto "Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de um software educacional" de Fernanda Maria Pereira Freire e Maria Elisabette Brisola Brito Prado (Guia do Cursista).
ATIVIDADE 4 UNID 4
Relato e socialização de experiência de uso de tecnologia
Vamos agora trabalhar em pequenos grupos para conhecer experiências de uso de tecnologias ao currículo vivenciadas pelos colegas. Entre em contato com outros cursistas (pode ser via webmail) para formar pequenos grupos (três ou quatro participantes). Orientação didática: 1. Escolher um representante do grupo para registrar a síntese das análises e atribuir um nome ao grupo. Por exemplo: Canela. 2. Cada grupo vai debater sobre as experiências de seus membros relacionadas ao uso de tecnologias no currículo. 3. Identificar em relação às experiências: disciplinas envolvidas, atividades desenvolvidas, objetivos da atividade, conteúdos trabalhados, tecnologias e mídias utilizadas, duração da atividade, os conhecimentos, atitudes e procedimentos que os alunos mobilizaram ou aprenderam. 4. Registrar em documento do editor de texto, a síntese das análises do grupo sobre as experiências. 5. Salvar em Meus documentos atribuindo-lhe um nome que facilite sua identificação da seguinte forma: ativ4_canela_unid4. 6. Postar este arquivo na Biblioteca, em Material do Aluno, tema “Atividade 4.4”, subtema: Uso de tecnologias no currículo. Leitura recomendada: - Articulando saberes e transformando a prática de Maria Elisabette B. B. Prado e Maria Elisabeth B. de Almeida; (Guia do Cursista) - Integração das Tecnologias na Educação de Almeida e Moran (www.tvebrasil.com.br;salto). Boa leitura! Participantes dos grupos: Façam a discussão através do Webmail constante na aba superior interação, onde vocês dispõem dos contatos dos colegas. É só marcar os colegas do seu grupo, clicar em escrever mensagem, digitar o texto e enviar. Após fazerem a discussão escolher um representante para postar a síntese das análises. Não esquecer de por um nome no grupo e o nome de seus componentes.
ATIVIDADE 5 UNID 4
Projetos de trabalho em sala de aula.
Elaborar um plano de aula para o desenvolvimento de projetos de trabalho com o uso de tecnologias. Este plano deverá ser realizado preferencialmente no período de 2 (duas) ou 3(três) semanas. Deve-se dar preferência a projetos que propiciem o desenvolvimento da competência leitora e escritora; projetos temáticos transversais; projetos que surjam de questões ou curiosidades levantadas pelos alunos sobre determinado acontecimento do seu contexto ou tema de estudos da disciplina. Este plano poderá ser elaborado individualmente ou em grupos de professores de uma mesma escola, desde que se comprometam a desenvolver as ações de modo integrado. Antes de elaborar o plano, vamos explorar o Portal do Professor e/ou os recursos existentes no computador na escola, a fim de reconhecermos as potencialidades dos recursos pedagógicos que favorecem a autoria do aluno com o uso de diferentes linguagens. Lembre-se de explorar o portal do professor! Saiba mais: Texto da entrevista de José Manoel Moran sobre a convergência de tecnologias, disponível no site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/positivo.pd - Texto Pedagogias de projetos: fundamentos e implicações de Maria Elisabth B. B. Prado (Guia do Cursista)
ATIVIDADE 6 UNID4 –
Desenvolvimento dos projetos de trabalho
Professores(as) Durante as próximas duas semanas, quando vamos realizar o plano de aula voltado ao desenvolvimento de projetos de trabalho pelos alunos, leve em conta a possibilidade de orientar os alunos para a integração de diferentes tecnologias a esse trabalho. Orientação didática: 1. Desenvolver o plano de aula e registrar no fórum “Relato de projetos de trabalho” as atividades desenvolvidas, as estratégias criadas pelos alunos com os respectivos conhecimentos, atitudes e procedimentos mobilizados ou aprendidos, as tecnologias e mídias empregadas. 2. Comentar os relatos registrados pelos colegas. 3. Após a conclusão do projeto, analisar o previsto e o realizado comparando o plano de aula com os relatos registrados em fórum e fazer uma síntese das atividades desenvolvidas, principais estratégias criadas pelos alunos com os respectivos conhecimentos, atitudes e procedimentos mobilizados ou aprendidos pelos alunos, as tecnologias e mídias empregadas. 4. Inserir no fórum “Currículo desenvolvido na ação” sua análise sobre como os conceitos e estratégias, as mídias e tecnologias identificados se integram ao currículo das disciplinas envolvidas. 5. Reelaborar o plano de aulas em arquivo no formato de texto. 6. Salvar o documento no seu BLOG, em meus documentos atribuindo-lhe um nome que facilite sua identificação da seguinte forma: ativ6_seunome_unid4. 7. Postar este arquivo na Biblioteca, em Material do Aluno, tema: Atividade 6.4, subtema: “Plano de aula reelaborado”. Inserir o Plano de Aulas reelaborado no Portal do Professor. Dica de leitura: A tecnologia é uma estratégia (Guia do Cursista).
ATIVIDADE 7 UNID 4 - Conceito de Currículo
Vamos pensar sobre as questões abaixo:
1- O que é currículo? 2- Quais as contribuições das tecnologias ao desenvolvimento do currículo? 3- Como integrar efetivamente as tecnologias ao desenvolvimento do currículo? 4 - Como desenvolver projetos no âmbito do currículo? Para respondermos estas questões articulando a prática analisada com a teoria, vamos efetuar a leitura dos seguintes artigos: ALMEIDA, M. E. B. e PRADO, M. E. B. B. Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC, 2008. PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações In: Moran, J. M.e ALMEIDA, M. E. B. Integração de tecnologias na educação. Brasília, DF: SEED/MEC, 2005. http://www.tvebrasil.com.br/salto. Coloque seus conceitos no blog e fórum.
ATIVIDADE 8 UNID 4 Compartilhando experiências sobre currículo, projetos e tecnologia.
Agora que temos prática de sala de aula com projetos de trabalho desenvolvidos pelos alunos, vamos compartilhar e debater nossas experiências com colegas de outras turmas e com outros profissionais que utilizam diferentes estratégias para incorporar tecnologias ao currículo. Desse modo, participaremos da criação de comunidades de aprendizagem e de prática por meio do Portal do Professor ao tempo que buscamos novas referências sobre projetos nesse Portal: Descobriremos aí um mundo de informações importantes e outros modos de conceber e desenvolver projetos. Orientação didática: 1. Navegar no Portal do Professor. 2. Clicar na opção Interação e Colaboração. 3. Explorar as diferentes áreas abertas para a interação e colaboração: chats, blogs, seminário on-line, inovações interativas. 4. Fazer um relato de sua experiência com projeto usando tecnologias no currículo na área intitulada “Relatos de Experiências”. 5. Ler os relatos postados nessa área, verificar se existem outros relatos a respeito do desenvolvimento de projetos curriculares com o uso de tecnologias e comentar aqueles que mais lhe chamaram a atenção.
ATIVIDADES 1-UNID 4
Reflexão sobre as possíveis mudanças em seu trabalho pedagógico
Identificação de mudanças
Essa atividade tem o objetivo de provocar reflexões sobre a possibilidade de mudanças no seu trabalho pedagógico. Dinâmica: divisão do grupo em 5 (cinco) subgrupos para a reflexão dos questionamentos:
1- Será que, usando computadores e internet nas atividades escolares, faremos as mesmas coisas que fazíamos antes?
2- Será que haverá mudanças em nossa atuação docente?
3- O que mudará na aprendizagem do aluno?
4- Que novos aspectos vão requerer maior atenção da nossa parte?
5- Podemos criar novas estratégias que potencializem a aprendizagem de nossos alunos? No grande grupo. Leitura do Poema: "De mãos dadas", de Carlos Drummond de Andrade e a entrevista de Pedro Demo.
Essa atividade não tem postagem .
ATIVIDADE 2 – UNID 4
Possibilidades de Contribuições das Tecnologias
Participe do Fórum "Possibilidades de Contribuições das Tecnologias" e registre algumas características das tecnologias da informação e comunicação que, no seu entender, pode trazer significativas contribuições ao integrá-las à sua prática pedagógica. Em seguida, leia as características apontadas pelos demais cursistas e comente duas delas. Sugerimos a leitura do texto" Por quê o computador na educação? de José Armando Valente .(guia do cursista)
ATIVIDADE3- UNID 4
Descrição de experiência com projetos em sala de aula ( Biblioteca)
Reflita sobre uma vivência ou experiência do trabalho com projetos em sala de aula envolvendo o uso das tecnologias. Elabore um texto descritivo no editor de texto, destacando aspectos relacionados aos conteúdos curriculares trabalhados e aos recursos tecnológicos, respondendo as questões:
a) Quais os conceitos, atitudes e procedimentos mobilizados e/ou desenvolvidos pelos alunos? b) Como os conteúdos trabalhados se integram ao currículo das disciplinas envolvidas? c) Quais as contribuições das tecnologias e mídias utilizadas ao desenvolvimento da atividade? O documento deve ser salvo em Meus documentos da seguinte forma:ativ3_seunome_unid4. Poste o arquivo na Biblioteca, Material do Aluno, Tema: Atividade3.4, subtema: contribuições das tecnologias. Acesse as atividades postadas pelos outros cursistas para conhecer outras reflexões e relatos. Sugestão de leitura: Texto "Projeto pedagógico: pano de fundo para escolha de um software educacional" de Fernanda Maria Pereira Freire e Maria Elisabette Brisola Brito Prado (Guia do Cursista).
ATIVIDADE 4 UNID 4
Relato e socialização de experiência de uso de tecnologia
Vamos agora trabalhar em pequenos grupos para conhecer experiências de uso de tecnologias ao currículo vivenciadas pelos colegas. Entre em contato com outros cursistas (pode ser via webmail) para formar pequenos grupos (três ou quatro participantes). Orientação didática: 1. Escolher um representante do grupo para registrar a síntese das análises e atribuir um nome ao grupo. Por exemplo: Canela. 2. Cada grupo vai debater sobre as experiências de seus membros relacionadas ao uso de tecnologias no currículo. 3. Identificar em relação às experiências: disciplinas envolvidas, atividades desenvolvidas, objetivos da atividade, conteúdos trabalhados, tecnologias e mídias utilizadas, duração da atividade, os conhecimentos, atitudes e procedimentos que os alunos mobilizaram ou aprenderam. 4. Registrar em documento do editor de texto, a síntese das análises do grupo sobre as experiências. 5. Salvar em Meus documentos atribuindo-lhe um nome que facilite sua identificação da seguinte forma: ativ4_canela_unid4. 6. Postar este arquivo na Biblioteca, em Material do Aluno, tema “Atividade 4.4”, subtema: Uso de tecnologias no currículo. Leitura recomendada: - Articulando saberes e transformando a prática de Maria Elisabette B. B. Prado e Maria Elisabeth B. de Almeida; (Guia do Cursista) - Integração das Tecnologias na Educação de Almeida e Moran (www.tvebrasil.com.br;salto). Boa leitura! Participantes dos grupos: Façam a discussão através do Webmail constante na aba superior interação, onde vocês dispõem dos contatos dos colegas. É só marcar os colegas do seu grupo, clicar em escrever mensagem, digitar o texto e enviar. Após fazerem a discussão escolher um representante para postar a síntese das análises. Não esquecer de por um nome no grupo e o nome de seus componentes.
ATIVIDADE 5 UNID 4
Projetos de trabalho em sala de aula.
Elaborar um plano de aula para o desenvolvimento de projetos de trabalho com o uso de tecnologias. Este plano deverá ser realizado preferencialmente no período de 2 (duas) ou 3(três) semanas. Deve-se dar preferência a projetos que propiciem o desenvolvimento da competência leitora e escritora; projetos temáticos transversais; projetos que surjam de questões ou curiosidades levantadas pelos alunos sobre determinado acontecimento do seu contexto ou tema de estudos da disciplina. Este plano poderá ser elaborado individualmente ou em grupos de professores de uma mesma escola, desde que se comprometam a desenvolver as ações de modo integrado. Antes de elaborar o plano, vamos explorar o Portal do Professor e/ou os recursos existentes no computador na escola, a fim de reconhecermos as potencialidades dos recursos pedagógicos que favorecem a autoria do aluno com o uso de diferentes linguagens. Lembre-se de explorar o portal do professor! Saiba mais: Texto da entrevista de José Manoel Moran sobre a convergência de tecnologias, disponível no site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/positivo.pd - Texto Pedagogias de projetos: fundamentos e implicações de Maria Elisabth B. B. Prado (Guia do Cursista)
ATIVIDADE 6 UNID4 –
Desenvolvimento dos projetos de trabalho
Professores(as) Durante as próximas duas semanas, quando vamos realizar o plano de aula voltado ao desenvolvimento de projetos de trabalho pelos alunos, leve em conta a possibilidade de orientar os alunos para a integração de diferentes tecnologias a esse trabalho. Orientação didática: 1. Desenvolver o plano de aula e registrar no fórum “Relato de projetos de trabalho” as atividades desenvolvidas, as estratégias criadas pelos alunos com os respectivos conhecimentos, atitudes e procedimentos mobilizados ou aprendidos, as tecnologias e mídias empregadas. 2. Comentar os relatos registrados pelos colegas. 3. Após a conclusão do projeto, analisar o previsto e o realizado comparando o plano de aula com os relatos registrados em fórum e fazer uma síntese das atividades desenvolvidas, principais estratégias criadas pelos alunos com os respectivos conhecimentos, atitudes e procedimentos mobilizados ou aprendidos pelos alunos, as tecnologias e mídias empregadas. 4. Inserir no fórum “Currículo desenvolvido na ação” sua análise sobre como os conceitos e estratégias, as mídias e tecnologias identificados se integram ao currículo das disciplinas envolvidas. 5. Reelaborar o plano de aulas em arquivo no formato de texto. 6. Salvar o documento no seu BLOG, em meus documentos atribuindo-lhe um nome que facilite sua identificação da seguinte forma: ativ6_seunome_unid4. 7. Postar este arquivo na Biblioteca, em Material do Aluno, tema: Atividade 6.4, subtema: “Plano de aula reelaborado”. Inserir o Plano de Aulas reelaborado no Portal do Professor. Dica de leitura: A tecnologia é uma estratégia (Guia do Cursista).
ATIVIDADE 7 UNID 4 - Conceito de Currículo
Vamos pensar sobre as questões abaixo:
1- O que é currículo? 2- Quais as contribuições das tecnologias ao desenvolvimento do currículo? 3- Como integrar efetivamente as tecnologias ao desenvolvimento do currículo? 4 - Como desenvolver projetos no âmbito do currículo? Para respondermos estas questões articulando a prática analisada com a teoria, vamos efetuar a leitura dos seguintes artigos: ALMEIDA, M. E. B. e PRADO, M. E. B. B. Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC, 2008. PRADO, M. E. B. B. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações In: Moran, J. M.e ALMEIDA, M. E. B. Integração de tecnologias na educação. Brasília, DF: SEED/MEC, 2005. http://www.tvebrasil.com.br/salto. Coloque seus conceitos no blog e fórum.
ATIVIDADE 8 UNID 4 Compartilhando experiências sobre currículo, projetos e tecnologia.
Agora que temos prática de sala de aula com projetos de trabalho desenvolvidos pelos alunos, vamos compartilhar e debater nossas experiências com colegas de outras turmas e com outros profissionais que utilizam diferentes estratégias para incorporar tecnologias ao currículo. Desse modo, participaremos da criação de comunidades de aprendizagem e de prática por meio do Portal do Professor ao tempo que buscamos novas referências sobre projetos nesse Portal: Descobriremos aí um mundo de informações importantes e outros modos de conceber e desenvolver projetos. Orientação didática: 1. Navegar no Portal do Professor. 2. Clicar na opção Interação e Colaboração. 3. Explorar as diferentes áreas abertas para a interação e colaboração: chats, blogs, seminário on-line, inovações interativas. 4. Fazer um relato de sua experiência com projeto usando tecnologias no currículo na área intitulada “Relatos de Experiências”. 5. Ler os relatos postados nessa área, verificar se existem outros relatos a respeito do desenvolvimento de projetos curriculares com o uso de tecnologias e comentar aqueles que mais lhe chamaram a atenção.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
PRÓXIMO ENCONTRO PRESENCIAL
CAROS CURSISTAS, NOSSO PRÓXIMO ENCONTRO SERÁ NOS DIAS 28/09 E 30/09 RESPECTIVAMENTE.
ESSE É 7º ENCONTRO DE UM TOTAL DE 8.
ESSE É 7º ENCONTRO DE UM TOTAL DE 8.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
ATIVIDADES DA UNIDADE 3
Atividade 1 unidade 3
Faça um texto diferenciando multimídia de hipermídia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia) e poste em interação FÓRUM
Atividade 2 unidade 3
Após navegar nos portais do Professor e Porta curtas(http://portacurtas.com.br/index.asp e http://portaldoprofessor.mec.gov.brproponha sugestões de como utilizar multimídia e hipermídia em suas aulas.FÓRUM
Atividade 3 unidade 3
Minhas descobertas:Compartilhe as descobertas feitas no portal do professor e porta curtas. Apresente aos colegas que achar conveniênte. FÓRUM
Atividade 4 unidade 3
Crie um esboço inicial de uma atividade com seus próprios alunos, envolvendo uso de objetos em mídias digitais. Faça um relato e poste no blog
Atividade 5 unidade 3
Faça o planejamento da atividade com mídias digitais a ser desenvolvida na escola. Pense em atividade viável com os recursos disponíveis na escola. Inclua no seu planejamento o Maximo de detalhes, salve-o como por ex: ativ5_reila_unid3 e poste na BIBLIOTECA material do aluno, tema: Atividade 5 subtema: Planejamento. Organize uma apresentação para ser utilizada como suporte no próximo encontro presencial sobre seu planejamento
Faça um texto diferenciando multimídia de hipermídia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia) e poste em interação FÓRUM
Atividade 2 unidade 3
Após navegar nos portais do Professor e Porta curtas(http://portacurtas.com.br/index.asp e http://portaldoprofessor.mec.gov.brproponha sugestões de como utilizar multimídia e hipermídia em suas aulas.FÓRUM
Atividade 3 unidade 3
Minhas descobertas:Compartilhe as descobertas feitas no portal do professor e porta curtas. Apresente aos colegas que achar conveniênte. FÓRUM
Atividade 4 unidade 3
Crie um esboço inicial de uma atividade com seus próprios alunos, envolvendo uso de objetos em mídias digitais. Faça um relato e poste no blog
Atividade 5 unidade 3
Faça o planejamento da atividade com mídias digitais a ser desenvolvida na escola. Pense em atividade viável com os recursos disponíveis na escola. Inclua no seu planejamento o Maximo de detalhes, salve-o como por ex: ativ5_reila_unid3 e poste na BIBLIOTECA material do aluno, tema: Atividade 5 subtema: Planejamento. Organize uma apresentação para ser utilizada como suporte no próximo encontro presencial sobre seu planejamento
Atividades de 6 à 10 da Unidade 3
3.6 – Execute com seus alunos a atividade planejada no item anterior.
Obs. Faça um relato de sua experiência no seu blog.
3.7 - Criar uma apresentação multimídia (se for hipermídia, melhor ainda) no editor de texto de apresentações para ser utilizada no próximo encontro para apresentar seu trabalho aos colegas.
Obs. Poste a apresentação criada por você no seu blog.
3.8 – Faça um relatório descrevendo a atividade que foi planejada e executada com seus alunos. Poste em Biblioteca/Material do Aluno, tema: Atividade 8 unid3, subtema: Metadados.
3.9 – Apresentação do trabalho desenvolvido com seus alunos, no formato multimídia ou hipermídia.
Obs. Relate no seu blog esta experiência.
3.10 – Postar no Portal do Professor o seu planejamento e o relato da experiência.
Obs. Faça um relato de sua experiência no seu blog.
3.7 - Criar uma apresentação multimídia (se for hipermídia, melhor ainda) no editor de texto de apresentações para ser utilizada no próximo encontro para apresentar seu trabalho aos colegas.
Obs. Poste a apresentação criada por você no seu blog.
3.8 – Faça um relatório descrevendo a atividade que foi planejada e executada com seus alunos. Poste em Biblioteca/Material do Aluno, tema: Atividade 8 unid3, subtema: Metadados.
3.9 – Apresentação do trabalho desenvolvido com seus alunos, no formato multimídia ou hipermídia.
Obs. Relate no seu blog esta experiência.
3.10 – Postar no Portal do Professor o seu planejamento e o relato da experiência.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Próximo encontro presencial
O próximo encontro presencial será nos dias 14/09 segunda feira e 16/09 quarta feira
sábado, 5 de setembro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Plano de ação - V encontro presencial
Plano de ação
Atividades realizadas no quinto encontro presencial
1 - Dinâmica: Atualidade
2 – Apresentação da experiência com seus alunos (aula) com apoio do pôster ;
3-Apresentar a unidade 3
4– Assista o vídeo: opasso (pág 3)
5– Leitura da entrevista com o professor Lucas Ciavatta. Comentar a entrevista. (pág 6)
6– (Re) Conhecer hipermídia e multimídia e diferenciá-las, acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia
6 – Explore o portal do professor (no espaço da aula) e o site do Porta Curtas (no Curta na Escola), para encontrar sugestões de modos de lançar mão de mídias digitais em atividades escolares.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br
http://portacurtas.com.br/index.asp
7 – Conhecer e cadastrar-se em sites que podemos publicar multimídia como:
http://www.slideshare.net/
http://www.slide.com/
http://www.picturetrail.com/
http://www.youtube.com/
http://www.scribd.com/
8 - Acessar o blog do curso: http://ticsaltotaquari100h.blogspot.com
Apresentar as ativ. que serão realizadas on line;
9 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/
Sanar as dificuldades dos cursista.
10- Lista de blogs dos cursistas.
11- Assinar lista de presença.
Atividades realizadas no quinto encontro presencial
1 - Dinâmica: Atualidade
2 – Apresentação da experiência com seus alunos (aula) com apoio do pôster ;
3-Apresentar a unidade 3
4– Assista o vídeo: opasso (pág 3)
5– Leitura da entrevista com o professor Lucas Ciavatta. Comentar a entrevista. (pág 6)
6– (Re) Conhecer hipermídia e multimídia e diferenciá-las, acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia
6 – Explore o portal do professor (no espaço da aula) e o site do Porta Curtas (no Curta na Escola), para encontrar sugestões de modos de lançar mão de mídias digitais em atividades escolares.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br
http://portacurtas.com.br/index.asp
7 – Conhecer e cadastrar-se em sites que podemos publicar multimídia como:
http://www.slideshare.net/
http://www.slide.com/
http://www.picturetrail.com/
http://www.youtube.com/
http://www.scribd.com/
8 - Acessar o blog do curso: http://ticsaltotaquari100h.blogspot.com
Apresentar as ativ. que serão realizadas on line;
9 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/
Sanar as dificuldades dos cursista.
10- Lista de blogs dos cursistas.
11- Assinar lista de presença.
sábado, 22 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Atividades da Unidade 3
Atividade 1 unidade 3
Faça um texto diferenciando multimídia de hipermídia
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia)
e poste em interação FÓRUM
Atividade 2 unidade 3
Após navegar nos portais do Professor e Porta curtas(http://portacurtas.com.br/index.asp e http://portaldoprofessor.mec.gov.br
proponha sugestões de como utilizar multimídia e hipermídia em suas aulas.
FÓRUM
Atividade 3 unidade 3
Minhas descobertas:
Compartilhe as descobertas feitas no portal do professor e porta curtas. Apresente aos colegas que achar conveniênte. FÓRUM
Atividade 4 unidade 3
Crie um esboço inicial de uma atividade com seus próprios alunos, envolvendo uso de objetos em mídias digitais. Faça um relato e poste no blog
Atividade 5 unidade 3
Faça o planejamento da atividade com mídias digitais a ser desenvolvida na escola. Pense em atividade viável com os recursos disponíveis na escola. Inclua no seu planejamento o Maximo de detalhes, salve-o como por ex: ativ5_reila_unid3 e poste na BIBLIOTECA material do aluno, tema: Atividade 5 subtema: Planejamento. Organize uma apresentação para ser utilizada como suporte no próximo encontro presencial sobre seu planejamento
Faça um texto diferenciando multimídia de hipermídia
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%A9dia e
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_de_hiperm%C3%ADdia)
e poste em interação FÓRUM
Atividade 2 unidade 3
Após navegar nos portais do Professor e Porta curtas(http://portacurtas.com.br/index.asp e http://portaldoprofessor.mec.gov.br
proponha sugestões de como utilizar multimídia e hipermídia em suas aulas.
FÓRUM
Atividade 3 unidade 3
Minhas descobertas:
Compartilhe as descobertas feitas no portal do professor e porta curtas. Apresente aos colegas que achar conveniênte. FÓRUM
Atividade 4 unidade 3
Crie um esboço inicial de uma atividade com seus próprios alunos, envolvendo uso de objetos em mídias digitais. Faça um relato e poste no blog
Atividade 5 unidade 3
Faça o planejamento da atividade com mídias digitais a ser desenvolvida na escola. Pense em atividade viável com os recursos disponíveis na escola. Inclua no seu planejamento o Maximo de detalhes, salve-o como por ex: ativ5_reila_unid3 e poste na BIBLIOTECA material do aluno, tema: Atividade 5 subtema: Planejamento. Organize uma apresentação para ser utilizada como suporte no próximo encontro presencial sobre seu planejamento
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Plano de Ação do IV encontro
Plano de ação
Atividades realizadas no quarto encontro presencial
1 - Dinâmica: História coletiva
2 – Comentários sobre a elaboração da atividade 6 unid 2;
3 – Visitar o Portal do Professor e se cadastrar cadastrehttp://portaldoprofessor.mec.gov.br ;
4 – Conhecer os vídeos da TV Escola e Rived;
5 – Conhecer ambientes de produção colaborativa na internet: Wikipédia, Wikcionário e outros;
6 – Cadastrar como membro da Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/
7 – Navegar no Wikcionário:
http://pt.wiktionary.org/
8 –Mostrar lugares que podemos fazer blogs e fotologs:
https://www.blogger.com/;
http://fotolog.terra.com.br/;
9 - (Re)Conhecer editores cooperativos:
http://docs.google.com (português)
10 - Acessar o blog do curso: http://ticsaltotaquari100h.blogspot.com
Apresentar as ativ. que serão realizadas on line;
11 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/
Sanar as dificuldades dos cursista;
Multiplicadora: Reila Maria de Carvalho Oliveira
Emails: reilavarvalho@hotmail.com
reimar.educa@gmail.com
Atividades realizadas no quarto encontro presencial
1 - Dinâmica: História coletiva
2 – Comentários sobre a elaboração da atividade 6 unid 2;
3 – Visitar o Portal do Professor e se cadastrar cadastrehttp://portaldoprofessor.mec.gov.br ;
4 – Conhecer os vídeos da TV Escola e Rived;
5 – Conhecer ambientes de produção colaborativa na internet: Wikipédia, Wikcionário e outros;
6 – Cadastrar como membro da Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/
7 – Navegar no Wikcionário:
http://pt.wiktionary.org/
8 –Mostrar lugares que podemos fazer blogs e fotologs:
https://www.blogger.com/;
http://fotolog.terra.com.br/;
9 - (Re)Conhecer editores cooperativos:
http://docs.google.com (português)
10 - Acessar o blog do curso: http://ticsaltotaquari100h.blogspot.com
Apresentar as ativ. que serão realizadas on line;
11 - Acessar o portal do E-proinfo: http://www.eproinfo.mec.gov.br/
Sanar as dificuldades dos cursista;
Multiplicadora: Reila Maria de Carvalho Oliveira
Emails: reilavarvalho@hotmail.com
reimar.educa@gmail.com
domingo, 9 de agosto de 2009
Atividades 7 até 12 da unidade 2
Atividade 2.12
Apresentação no quinto encontro das atividades realizadas com seus alunos com apoio do pôster.
OBS. Não precisa postar nada, em lugar algum.
Atividade 2.11
Cursista navegue pelo Wikicionário : http://pt.wiktionary.org/, aprenda a utilizá-lo, analise exemplos. Após a navegação vá ao Fórum: Wikicionário e registre sua experiência, aproveita para comentar pelo menos um colega.
Atividade 2.10
Cursista navegue pela Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/, veja o conceito, a história e como se cadastrar para participar como membro de uma Wikipédia. Vá ao Fórum: Wikipédia e registre sua experiência, aproveita para comentar pelo menos um colega.
Atividade 2.9
Cursistas vocês deverão construir um pôster, veja leitura sobre pôster para dar apoio à apresentação da experiência com seus alunos, no inicio do quinto encontro presencial.
Obs. Não precisa postar nada, em lugar algum.
Atividade 2.8
Faça o registro digital de sua experiência como professora utilizando tecnologias com seus alunos e faça links com o trabalho dos mesmos. Poste no seu Portfólio e link com o conteúdo trabalhado, com as fotos dos alunos trabalhando etc.OBS. Não se esqueça de dar um titulo ao seu registro e mencione que é a oitava atividade da unidade dois.
Atividade 2.7
Cursistas vocês irão executar juntamente com seus alunos a aula planejada anteriormente, enquanto o grupo executa a aula outro grupo vai observar e fazer anotações referentes às atividades realizadas pode ilustrar com fotos o seu relato. Disponibilize na Biblioteca – tema: Atividade 7 subtema: Tecnologia na prática. Não se esqueça de salvar de maneira que pode facilitar a sua identificação: ativ7_reila_unid2
OBS. Veja alguns pontos que podem ser observados e anotados durante a atividade: Como os alunos se envolveram? Os alunos conseguiram compreender o foco e a proposta da atividade? A forma de apresentá-la foi clara para este grupo de alunos? O que conseguiram fazer e perceber? Quais as dúvidas e dificuldades mais recorrentes? Que coisas chegaram a descobrir e a fazer que não estivesse previstas? De que forma se relacionaram as duplas internamente? Mais disputaram o uso da máquina ou mais colaboraram para o andamento do trabalho? As duplas colaboraram umas com as outras? De que forma? Ensinaram, tiraram dúvidas ou perguntaram umas às outras? Em quais duplas de alunos os objetivos planejados foram atingidos? Em quais não foram? Qual a proporção? Que aprendizagens não previstas ocorreram com muitos alunos? Que aprendizagens, descobertas ou criações especialmente interessantes e não previstas ocorreram com algum ou alguns alunos? Como foi a condução da atividade pelo professor? Foi muito diretiva ou permitiu que a condução e o ritmo da ação fossem dados pelos alunos? Os equipamentos funcionaram a contento Os programas funcionaram a contento? Análise Alguns pontos que podem ser analisados e avaliados além dos que foram anotados em sala: - A turma, como um todo, recebeu bem a proposta da atividade? - A proposta envolveu e animou os alunos? Todos ou só alguns? Ou nenhum? O que envolveu os alunos foi à atividade em si ou o uso do laboratório de informática? - Há alguma outra organização do grupo que possa fazer o trabalho transcorrer de forma mais adequada do que a forma como transcorreu? - Há alguma preparação do grupo de alunos que possa contribuir para o trabalho acontecer de forma mais adequada e interessante? Vocês ficaram satisfeitos com a atividade? - Que coisas puderam perceber quanto à forma de aprender de seus alunos? - Esta atividade pode ser adaptada para outros contextos, para outras séries ou outras disciplinas? De que forma? Pode envolver mais de uma disciplina? A atividade seria mais interessante se envolvesse professores de outras disciplinas? - O desenvolvimento da atividade e a forma como aconteceu com seus alunos sugerem algum desdobramento, alguma outra ação que decorra dela e possa ampliar seus ganhos? - A partir do que foi anotado em sala, seria possível criar uma ficha de acompanhamento da atividade que pudesse ser preenchida pelos alunos ainda durante a atividade e que refletisse o seu processo ao longo dela? Objetivos muito claros para cada tópico que esperam que os alunos abordem pode ajudar nisso?
Apresentação no quinto encontro das atividades realizadas com seus alunos com apoio do pôster.
OBS. Não precisa postar nada, em lugar algum.
Atividade 2.11
Cursista navegue pelo Wikicionário : http://pt.wiktionary.org/, aprenda a utilizá-lo, analise exemplos. Após a navegação vá ao Fórum: Wikicionário e registre sua experiência, aproveita para comentar pelo menos um colega.
Atividade 2.10
Cursista navegue pela Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/, veja o conceito, a história e como se cadastrar para participar como membro de uma Wikipédia. Vá ao Fórum: Wikipédia e registre sua experiência, aproveita para comentar pelo menos um colega.
Atividade 2.9
Cursistas vocês deverão construir um pôster, veja leitura sobre pôster para dar apoio à apresentação da experiência com seus alunos, no inicio do quinto encontro presencial.
Obs. Não precisa postar nada, em lugar algum.
Atividade 2.8
Faça o registro digital de sua experiência como professora utilizando tecnologias com seus alunos e faça links com o trabalho dos mesmos. Poste no seu Portfólio e link com o conteúdo trabalhado, com as fotos dos alunos trabalhando etc.OBS. Não se esqueça de dar um titulo ao seu registro e mencione que é a oitava atividade da unidade dois.
Atividade 2.7
Cursistas vocês irão executar juntamente com seus alunos a aula planejada anteriormente, enquanto o grupo executa a aula outro grupo vai observar e fazer anotações referentes às atividades realizadas pode ilustrar com fotos o seu relato. Disponibilize na Biblioteca – tema: Atividade 7 subtema: Tecnologia na prática. Não se esqueça de salvar de maneira que pode facilitar a sua identificação: ativ7_reila_unid2
OBS. Veja alguns pontos que podem ser observados e anotados durante a atividade: Como os alunos se envolveram? Os alunos conseguiram compreender o foco e a proposta da atividade? A forma de apresentá-la foi clara para este grupo de alunos? O que conseguiram fazer e perceber? Quais as dúvidas e dificuldades mais recorrentes? Que coisas chegaram a descobrir e a fazer que não estivesse previstas? De que forma se relacionaram as duplas internamente? Mais disputaram o uso da máquina ou mais colaboraram para o andamento do trabalho? As duplas colaboraram umas com as outras? De que forma? Ensinaram, tiraram dúvidas ou perguntaram umas às outras? Em quais duplas de alunos os objetivos planejados foram atingidos? Em quais não foram? Qual a proporção? Que aprendizagens não previstas ocorreram com muitos alunos? Que aprendizagens, descobertas ou criações especialmente interessantes e não previstas ocorreram com algum ou alguns alunos? Como foi a condução da atividade pelo professor? Foi muito diretiva ou permitiu que a condução e o ritmo da ação fossem dados pelos alunos? Os equipamentos funcionaram a contento Os programas funcionaram a contento? Análise Alguns pontos que podem ser analisados e avaliados além dos que foram anotados em sala: - A turma, como um todo, recebeu bem a proposta da atividade? - A proposta envolveu e animou os alunos? Todos ou só alguns? Ou nenhum? O que envolveu os alunos foi à atividade em si ou o uso do laboratório de informática? - Há alguma outra organização do grupo que possa fazer o trabalho transcorrer de forma mais adequada do que a forma como transcorreu? - Há alguma preparação do grupo de alunos que possa contribuir para o trabalho acontecer de forma mais adequada e interessante? Vocês ficaram satisfeitos com a atividade? - Que coisas puderam perceber quanto à forma de aprender de seus alunos? - Esta atividade pode ser adaptada para outros contextos, para outras séries ou outras disciplinas? De que forma? Pode envolver mais de uma disciplina? A atividade seria mais interessante se envolvesse professores de outras disciplinas? - O desenvolvimento da atividade e a forma como aconteceu com seus alunos sugerem algum desdobramento, alguma outra ação que decorra dela e possa ampliar seus ganhos? - A partir do que foi anotado em sala, seria possível criar uma ficha de acompanhamento da atividade que pudesse ser preenchida pelos alunos ainda durante a atividade e que refletisse o seu processo ao longo dela? Objetivos muito claros para cada tópico que esperam que os alunos abordem pode ajudar nisso?
Como fazer um pôster.
Pôster
Pôster (Cartaz)
Cartaz (também chamado pôster) é um suporte, normalmente em papel, afixado de forma que seja visível em locais públicos. Sua função principal é a de divulgar informação visualmente, mas também tem sido apreciada como uma peça de valor estético. Além da sua importância como meio de publicidade e de informação visual, o cartaz possui um valor histórico como meio de divulgação em importantes movimentos de caráter político ou artístico. Os problemas estruturais e formais são resolvidos pelo projeto de design gráfico.
O pôster também pode ter um significado diferente de cartaz, no sentido de que a palavra, no Brasil é usada quando nos referimos a peças mais "artísticas" ou de decoração de ambientes (como pôsteres de bandas, artistas, carros). O cartaz é mais específico para designar o meio de comunicação criado a partir das folhas colocadas em espaços públicos, visando Propaganda (como um cartaz de um político), Publicidade (como um cartaz de uma festa) ou simplesmente a comunicação.
Resumidamente, o pôster tem valor estético e o cartaz valor funcional, pela informação que quer transmitir. Um cartaz que é pego da rua e colado no quarto de um adolescente, deixa se ser cartaz e pode ser considerado pôster, pois sua função principal, naquele quarto, não é mais informar sobre determinado assunto, mas decorar o ambiente.
Instruções para elaboração do pôster
O pôster é um meio de comunicação visual. É uma fonte de informação do trabalho realizado, complementada por sua apresentação oral. A rigor, um pôster é um sumário e uma propaganda daquilo que foi pesquisado.
Dicas de como preparar um pôster:
•Tente ser efetivo na disposição visual dos dados. O pôster é um resumo ilustrado.
•Mostre o que mais importa de sua pesquisa - o que foi realizado, como foi realizado e o que se recomenda ou se conclui. Evite enfocar os métodos. Os resultados e implicações são mais relevantes.
•Utilize gráficos, figuras e textos, preferencialmente coloridos, bem distribuídos ao longo do pôster (evite número excessivo de cores).
•Utilize títulos para destacar objetivos, resultados, conclusões, etc. Organize em colunas as sessões para melhor visualização e leitura.
•Minimize texto, use gráficos, figuras etc. Blocos de textos devem conter aproximadamente 50 palavras.
•O texto deve ser visível a uma distância de um metro, aproximadamente.
Planejamento e preparação do pôster
Planeje seu pôster com antecedência, escreva imediatamente a introdução e a metodologia, e lembre-se de rever o texto e suas idéias com o orientador e colaboradores.
Texto
Utilize para o título fonte 90 pts, negrito. Para os subtítulos utilize fonte 72 pts.
Nesta área coloque: Título do plano de trabalho, Autores, e Departamento.
O restante do pôster deve conter: Introdução, Metodologia, Resultados, Conclusões e, se necessário, Agradecimentos. As Referências bibliográficas podem estar numa folha à parte, disponível para a audiência e/ou como forma de lembrança.
Textos auxiliares podem ser em fonte 18 ou 20 pts. Não se esqueça de verificar ortografia antes da impressão final.
Disposição Visual
Tamanho recomendado para o pôster:
Largura – 90 cm
Altura – 100 a 120 cm.
Cuidado para não inverter essas medidas uma vez que os painéis possuem altura maior que a largura.
De posse dos textos, fotos, gráficos e figuras faça um rascunho, em escala, para auxiliar na estruturação visual do pôster bem como na avaliação do espaço disponível. Nesta etapa, planeje como as informações irão fluir ao longo do pôster. Diminua número de textos, gráficos, figuras, etc., se o pôster parecer congestionado. Evite diminuir o tamanho da fonte como solução para congestionamento.
Use uma cor para título, introdução e conclusões, e uma segunda cor para o restante. Utilize uma terceira cor para destacar alguns resultados.
Pôster (Cartaz)
Cartaz (também chamado pôster) é um suporte, normalmente em papel, afixado de forma que seja visível em locais públicos. Sua função principal é a de divulgar informação visualmente, mas também tem sido apreciada como uma peça de valor estético. Além da sua importância como meio de publicidade e de informação visual, o cartaz possui um valor histórico como meio de divulgação em importantes movimentos de caráter político ou artístico. Os problemas estruturais e formais são resolvidos pelo projeto de design gráfico.
O pôster também pode ter um significado diferente de cartaz, no sentido de que a palavra, no Brasil é usada quando nos referimos a peças mais "artísticas" ou de decoração de ambientes (como pôsteres de bandas, artistas, carros). O cartaz é mais específico para designar o meio de comunicação criado a partir das folhas colocadas em espaços públicos, visando Propaganda (como um cartaz de um político), Publicidade (como um cartaz de uma festa) ou simplesmente a comunicação.
Resumidamente, o pôster tem valor estético e o cartaz valor funcional, pela informação que quer transmitir. Um cartaz que é pego da rua e colado no quarto de um adolescente, deixa se ser cartaz e pode ser considerado pôster, pois sua função principal, naquele quarto, não é mais informar sobre determinado assunto, mas decorar o ambiente.
Instruções para elaboração do pôster
O pôster é um meio de comunicação visual. É uma fonte de informação do trabalho realizado, complementada por sua apresentação oral. A rigor, um pôster é um sumário e uma propaganda daquilo que foi pesquisado.
Dicas de como preparar um pôster:
•Tente ser efetivo na disposição visual dos dados. O pôster é um resumo ilustrado.
•Mostre o que mais importa de sua pesquisa - o que foi realizado, como foi realizado e o que se recomenda ou se conclui. Evite enfocar os métodos. Os resultados e implicações são mais relevantes.
•Utilize gráficos, figuras e textos, preferencialmente coloridos, bem distribuídos ao longo do pôster (evite número excessivo de cores).
•Utilize títulos para destacar objetivos, resultados, conclusões, etc. Organize em colunas as sessões para melhor visualização e leitura.
•Minimize texto, use gráficos, figuras etc. Blocos de textos devem conter aproximadamente 50 palavras.
•O texto deve ser visível a uma distância de um metro, aproximadamente.
Planejamento e preparação do pôster
Planeje seu pôster com antecedência, escreva imediatamente a introdução e a metodologia, e lembre-se de rever o texto e suas idéias com o orientador e colaboradores.
Texto
Utilize para o título fonte 90 pts, negrito. Para os subtítulos utilize fonte 72 pts.
Nesta área coloque: Título do plano de trabalho, Autores, e Departamento.
O restante do pôster deve conter: Introdução, Metodologia, Resultados, Conclusões e, se necessário, Agradecimentos. As Referências bibliográficas podem estar numa folha à parte, disponível para a audiência e/ou como forma de lembrança.
Textos auxiliares podem ser em fonte 18 ou 20 pts. Não se esqueça de verificar ortografia antes da impressão final.
Disposição Visual
Tamanho recomendado para o pôster:
Largura – 90 cm
Altura – 100 a 120 cm.
Cuidado para não inverter essas medidas uma vez que os painéis possuem altura maior que a largura.
De posse dos textos, fotos, gráficos e figuras faça um rascunho, em escala, para auxiliar na estruturação visual do pôster bem como na avaliação do espaço disponível. Nesta etapa, planeje como as informações irão fluir ao longo do pôster. Diminua número de textos, gráficos, figuras, etc., se o pôster parecer congestionado. Evite diminuir o tamanho da fonte como solução para congestionamento.
Use uma cor para título, introdução e conclusões, e uma segunda cor para o restante. Utilize uma terceira cor para destacar alguns resultados.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
CRONOGRAMA DO CURSO
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: ensinando e aprendendo com as TIC
DIA HORA
15/06/09
Segunda feira 17:30h-21:30h
17/06/09
Quarta feira 13:00h-17:00h
17:30h-21:30h
06/07/09
Segunda feira 17:30-21:30h
08/07/09
Quarta feira 13:00h-17:00h
17:30h-21:30h
27/07/09
Segunda feira 17:30h-21:30h
29/07/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
10/08/09
Segunda feira 17:30h – 21:30h
12/08/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
24/08/09
Segunda feira 17:30h–21:30h
26/08/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
14/09/09
Segunda feira 17:30h – 21:30h
16/09/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
28/09/09
segunda feira 17:30h – 21:30h
30/09/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
19/10/09
Segunda feira
21/10/09
Quarta feira
13:00h-17:30h
17:30h-21:30h
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: ensinando e aprendendo com as TIC
DIA HORA
15/06/09
Segunda feira 17:30h-21:30h
17/06/09
Quarta feira 13:00h-17:00h
17:30h-21:30h
06/07/09
Segunda feira 17:30-21:30h
08/07/09
Quarta feira 13:00h-17:00h
17:30h-21:30h
27/07/09
Segunda feira 17:30h-21:30h
29/07/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
10/08/09
Segunda feira 17:30h – 21:30h
12/08/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
24/08/09
Segunda feira 17:30h–21:30h
26/08/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
14/09/09
Segunda feira 17:30h – 21:30h
16/09/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
28/09/09
segunda feira 17:30h – 21:30h
30/09/09
Quarta feira 13:00h–17:00h
17:30h-19:30h
19/10/09
Segunda feira
21/10/09
Quarta feira
13:00h-17:30h
17:30h-21:30h
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
PRÓXIMA AULA PRESENCIAL
O QUARTO ENCONTRO PRESENCIAL SERÁ NO DIA:
10 DE AGOSTO PARA A TURMA DE SEGUNDA FEIRA E DIA 12 PARA AS TURMAS DE QUARTA FEIRA.
Está cansado, triste, muitos problemas,etc. Então assista o vídeo do Pe. Fábio de Melo. Vai te ajudar muito.
10 DE AGOSTO PARA A TURMA DE SEGUNDA FEIRA E DIA 12 PARA AS TURMAS DE QUARTA FEIRA.
Está cansado, triste, muitos problemas,etc. Então assista o vídeo do Pe. Fábio de Melo. Vai te ajudar muito.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
ATIVIDADES DA UNIDADE 2
Ativ1_ unid2
A atividade propõe que cada cursista navegue em hipertexto e, em seguida, troque impressões com seus colegas de dupla. Depois, cabe a você reunir todo o grupo para uma discussão da experiência.
Poste também no blog as atividades postadas na BIBLIOTECA.
Ativ2_unid2
A atividade provoca os cursistas para outra nova experiência: que tal aprender sobre hipertexto por meio de hipertexto? A idéia é navegar pela página da Wikipédia que trata de hipertexto. Ao terminar a navegação, escreva um pequeno texto de 250 a 300 palavras relatando suas impressões. Deve publicá-lo na BIBLIOTECA do curso, material do aluno no tema: Atividade 2.2, no subtema: Coisas importantes e significativas.
Após a conclusão da atividade, converse com os colegas sobre a experiência que viveram. O texto da unidade apresenta algumas perguntas instigadoras do debate, mas não é necessário que os cursistas respondam efetivamente.
Ativ3_unid2
Ao longo da atividade 3, o cursista é levado passo a passo a construir um hipertexto e, no fim, a salvá-lo em sua pasta, colocando-o disponível para ser lido e comentado pelos colegas na área de compartilhamento de produções(blog). Publique-o na BIBLIOTECA no tema: Atividade 2.3, no subtema: Impressões sobre experiências de navegação.
Ativ4_unid2
O cursista deverá dirigir-se ao ambiente de compartilhamento de produções e escolha, leia e comente alguns trabalhos dos colegas no FÓRUM, tema: Impressões sobre experiências de navegação. Depois deverá rever o seu próprio trabalho, aceitando ou refutando as críticas dos colegas e, se julgar pertinente, modificando seu texto original.
Ativ5_unid2
Essa atividade é a criação de portfólio, que no nosso caso é o blog.
Postar no fórum o endereço do seu blog.
Ativ6_unid2
Nesta atividade, em dupla ou trio, planejem usar, em sala de aula, alguns dos recursos aprendidos nas semanas anteriores. Sugerem-se exemplos de atividades, como criação de paginas pessoais com links para coisas que tenham interesse na internet ou navegação e pesquisa na Internet. Para esta atividade indicamos duas leituras:
a) O texto Leituras sobre hipertexto. Disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Leituras%20sobre%20hipertexto.pdf
b) Contornos arquitetônicos – parte de um hipertexto criado por Maria Helena Pereira Dias que descreve com algum detalhe o que é um hipertexto e discute sua utilização no contexto educacional. Disponível em: http://www.unicamp.br/~hans/mh/arquitet.html
Para planejar a atividade, não esqueça que devem constar do planejamento:
a) Objetivos de aprendizagem – o que se pretende que os alunos venham a ser capazes de fazer após a atividade;
b) Atividades – as etapas das atividades, que devem ser claramente definidas;
c) Recursos necessários – identificação e listagem dos recursos necessários, disponibilidade para uso, como utilizá-los;
d) Citar as competências e conhecimentos prévios – dos alunos necessários para participar da atividade;
e) Formas de avaliação – como será verificado se a atividade atingiu seu objetivo?
Esta atividade será salva por ex: ativ6_reila_unid2, a mesma deve ser postada na Biblioteca, Material do Aluno, tema: Atividade 6, subtema: Planejando atividades com hipertexto. Vá ao Fórum: Análise dos trabalhos dos colegas, e analise o trabalho de um grupo.
A atividade propõe que cada cursista navegue em hipertexto e, em seguida, troque impressões com seus colegas de dupla. Depois, cabe a você reunir todo o grupo para uma discussão da experiência.
Poste também no blog as atividades postadas na BIBLIOTECA.
Ativ2_unid2
A atividade provoca os cursistas para outra nova experiência: que tal aprender sobre hipertexto por meio de hipertexto? A idéia é navegar pela página da Wikipédia que trata de hipertexto. Ao terminar a navegação, escreva um pequeno texto de 250 a 300 palavras relatando suas impressões. Deve publicá-lo na BIBLIOTECA do curso, material do aluno no tema: Atividade 2.2, no subtema: Coisas importantes e significativas.
Após a conclusão da atividade, converse com os colegas sobre a experiência que viveram. O texto da unidade apresenta algumas perguntas instigadoras do debate, mas não é necessário que os cursistas respondam efetivamente.
Ativ3_unid2
Ao longo da atividade 3, o cursista é levado passo a passo a construir um hipertexto e, no fim, a salvá-lo em sua pasta, colocando-o disponível para ser lido e comentado pelos colegas na área de compartilhamento de produções(blog). Publique-o na BIBLIOTECA no tema: Atividade 2.3, no subtema: Impressões sobre experiências de navegação.
Ativ4_unid2
O cursista deverá dirigir-se ao ambiente de compartilhamento de produções e escolha, leia e comente alguns trabalhos dos colegas no FÓRUM, tema: Impressões sobre experiências de navegação. Depois deverá rever o seu próprio trabalho, aceitando ou refutando as críticas dos colegas e, se julgar pertinente, modificando seu texto original.
Ativ5_unid2
Essa atividade é a criação de portfólio, que no nosso caso é o blog.
Postar no fórum o endereço do seu blog.
Ativ6_unid2
Nesta atividade, em dupla ou trio, planejem usar, em sala de aula, alguns dos recursos aprendidos nas semanas anteriores. Sugerem-se exemplos de atividades, como criação de paginas pessoais com links para coisas que tenham interesse na internet ou navegação e pesquisa na Internet. Para esta atividade indicamos duas leituras:
a) O texto Leituras sobre hipertexto. Disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Leituras%20sobre%20hipertexto.pdf
b) Contornos arquitetônicos – parte de um hipertexto criado por Maria Helena Pereira Dias que descreve com algum detalhe o que é um hipertexto e discute sua utilização no contexto educacional. Disponível em: http://www.unicamp.br/~hans/mh/arquitet.html
Para planejar a atividade, não esqueça que devem constar do planejamento:
a) Objetivos de aprendizagem – o que se pretende que os alunos venham a ser capazes de fazer após a atividade;
b) Atividades – as etapas das atividades, que devem ser claramente definidas;
c) Recursos necessários – identificação e listagem dos recursos necessários, disponibilidade para uso, como utilizá-los;
d) Citar as competências e conhecimentos prévios – dos alunos necessários para participar da atividade;
e) Formas de avaliação – como será verificado se a atividade atingiu seu objetivo?
Esta atividade será salva por ex: ativ6_reila_unid2, a mesma deve ser postada na Biblioteca, Material do Aluno, tema: Atividade 6, subtema: Planejando atividades com hipertexto. Vá ao Fórum: Análise dos trabalhos dos colegas, e analise o trabalho de um grupo.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Atividade 8 unidade 1
ANÁLISE DA PESQUISA
Nessa atividade os cursistas deverão organizar a divulgação do resultado e a analise da pesquisa sobre Trabalho por Projetos realizada nas escolas, a ser apresentada no encontro presencial. Essa pesquisa deverá ser postada na Biblioteca, no tema: “Atividade 8”, subtema: “Trabalho por Projetos”. Salvar por exemplo como: ativ8_reila_unid1
Obs. levar em CD ou pen drive ou tb em cartaz para apresentação no encontro presencial de conclusão da Unidade I. Você escolhe como deverá ser feita a apresentação para os colegas.
Nessa atividade os cursistas deverão organizar a divulgação do resultado e a analise da pesquisa sobre Trabalho por Projetos realizada nas escolas, a ser apresentada no encontro presencial. Essa pesquisa deverá ser postada na Biblioteca, no tema: “Atividade 8”, subtema: “Trabalho por Projetos”. Salvar por exemplo como: ativ8_reila_unid1
Obs. levar em CD ou pen drive ou tb em cartaz para apresentação no encontro presencial de conclusão da Unidade I. Você escolhe como deverá ser feita a apresentação para os colegas.
Atividade 7 unidade 1
PESQUISA
Faça uma pesquisa envolvendo uma experiência de trabalho por projeto, realizada no contexto da escola. Esta pesquisa poderá ser feita via Internet ou contato (entrevistas, observação, leitura de artigos ou livros) com professores. Considere, nesta pesquisa, algumas características do projeto: tema, conteúdos curriculares envolvidos, números de alunos e professores participantes, tecnologias e mídias utilizadas, duração, atitudes dos alunos, entre outros. Organize e documente as informações pesquisadas. Elabore uma análise sobre os dados pesquisados, usando o editor de textos. Salve o documento na pasta “Meus documentos”, atribuindo um nome que facilite a sua identificação, da seguinte forma: ativ07_cirleitr_unid01 Por exemplo: para esta atividade, realizada pelo Cirlei Torres de Rezende, o nome do arquivo será: ativ07_reila_unid01 Recomendamos não utilizar acentos, cedilha, sinais de pontuação e outros caracteres especiais. O traço que sugerimos utilizar (sinal de underline ou sublinhado) é aceito pelo computador como uma letra comum. Poste o arquivo desta atividade na Biblioteca, em Material do Aluno, tema: “Atividade 7” subtema: Trabalho por Projeto. Acesse as atividades elaboradas pelos colegas, que estão disponíveis no acervo da Biblioteca, em Material do Aluno, para conhecer suas reflexões e relatos.
Faça uma pesquisa envolvendo uma experiência de trabalho por projeto, realizada no contexto da escola. Esta pesquisa poderá ser feita via Internet ou contato (entrevistas, observação, leitura de artigos ou livros) com professores. Considere, nesta pesquisa, algumas características do projeto: tema, conteúdos curriculares envolvidos, números de alunos e professores participantes, tecnologias e mídias utilizadas, duração, atitudes dos alunos, entre outros. Organize e documente as informações pesquisadas. Elabore uma análise sobre os dados pesquisados, usando o editor de textos. Salve o documento na pasta “Meus documentos”, atribuindo um nome que facilite a sua identificação, da seguinte forma: ativ07_cirleitr_unid01 Por exemplo: para esta atividade, realizada pelo Cirlei Torres de Rezende, o nome do arquivo será: ativ07_reila_unid01 Recomendamos não utilizar acentos, cedilha, sinais de pontuação e outros caracteres especiais. O traço que sugerimos utilizar (sinal de underline ou sublinhado) é aceito pelo computador como uma letra comum. Poste o arquivo desta atividade na Biblioteca, em Material do Aluno, tema: “Atividade 7” subtema: Trabalho por Projeto. Acesse as atividades elaboradas pelos colegas, que estão disponíveis no acervo da Biblioteca, em Material do Aluno, para conhecer suas reflexões e relatos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
3º ENCONTRO PRESENCIAL
CAROS CURSISTAS!!
O 3º encontro será nos dias 27/07 e 29/07.
Lembrando que a turma de quarta feira vespertino deverá vir no período noturno.
Neste encontro encerraremos a unidade 1 com a apresentação da análise do Trabalho de Projeto e daremos início a unidade 2
A apresentação poderá ser feita no editor de texto,power-point ou em forma de cartaz.
Bjs e boas férias.
O 3º encontro será nos dias 27/07 e 29/07.
Lembrando que a turma de quarta feira vespertino deverá vir no período noturno.
Neste encontro encerraremos a unidade 1 com a apresentação da análise do Trabalho de Projeto e daremos início a unidade 2
A apresentação poderá ser feita no editor de texto,power-point ou em forma de cartaz.
Bjs e boas férias.
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
ATIVIDADE 1.3
Para realizar aatividade 1.3 assista o vídeo com a entrevista do Professor Ladislau Dowbor: "Tecnologias na Educação".
terça-feira, 23 de junho de 2009
ATIVIDADE 1.6 DA UNIDADE1
Cursistas assista ao vídeo “O uso dos recursos tecnológicos na pratica pedagógica” e faça comentários a respeito do mesmo em interação no espaço do Diário de Bordo
Devemos agora focalizar em trabalhos por projetos, pois assim a aprendizagem torna-se mais significativa. Como referencia para este estudo, vá ao endereço http://tvebrasil.com.br/salto (faça o download do livro do Salto para o Futuro: Integração das Tecnologias na Educação, programa 1), o artigo: Pedagogia de Projetos: fundamentos e implicaçoes. PRADO. M.E.B.B..In ALMEIDA, M.E.B e MORAN, J.M.(org). integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. Secretaria de MEC/SEED, Brasília, 2005.
Devemos agora focalizar em trabalhos por projetos, pois assim a aprendizagem torna-se mais significativa. Como referencia para este estudo, vá ao endereço http://tvebrasil.com.br/salto (faça o download do livro do Salto para o Futuro: Integração das Tecnologias na Educação, programa 1), o artigo: Pedagogia de Projetos: fundamentos e implicaçoes. PRADO. M.E.B.B..In ALMEIDA, M.E.B e MORAN, J.M.(org). integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. Secretaria de MEC/SEED, Brasília, 2005.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
ATIVIDADE 1.5 FICHAMENTO
Atividade 1.5 da Unidade 1
Fichamento
Nessa atividade cursista, você deverá analisar uma experiência didática na qual o uso de recursos tecnológicos tenha envolvido conteúdos curriculares, lembrando que, essa experiência pode ter sido vivenciada por você ou outro colega. Com base nessa análise, você produzirá um Fichamento a ser salvo na Biblioteca, em material do aluno, tema: “Atividade 1.5” e subtema: “Fichamento”. Salvar de forma que facilite sua identificação: ativ1.5_reila_unid01.
Lembre-se: no fichamento não devemos esquecer:
Assunto:
Material utilizado:
Duração:
Procedimentos:
Resultados:
Obs.
Resumidamente.
Fichamento
Nessa atividade cursista, você deverá analisar uma experiência didática na qual o uso de recursos tecnológicos tenha envolvido conteúdos curriculares, lembrando que, essa experiência pode ter sido vivenciada por você ou outro colega. Com base nessa análise, você produzirá um Fichamento a ser salvo na Biblioteca, em material do aluno, tema: “Atividade 1.5” e subtema: “Fichamento”. Salvar de forma que facilite sua identificação: ativ1.5_reila_unid01.
Lembre-se: no fichamento não devemos esquecer:
Assunto:
Material utilizado:
Duração:
Procedimentos:
Resultados:
Obs.
Resumidamente.
sábado, 13 de junho de 2009
Escola e tecnologia: uma conversa de Alberto Tornaghi
A série "Escola faz tecnologia faz escola..." traz para debate o diálogo entre tecnologia e escola. Poderia este diálogo contribuir para modificar a escola? Seriam estas as mudanças que nós, educadores, pretendemos e desejamos? Ou será que somos obrigados a mudanças indesejadas?
E a tecnologia, ela muda quando "vai à escola"? De que forma a escola, com seus alunos, seus professores, suas necessidades e sua história podem mudar a tecnologia? O que é preciso para isso? Que ações, que reflexões, que práticas, que alianças são necessárias para que tenhamos a tecnologia formada e conformada de acordo com anseios, possibilidades e potencialidades dos outros freqüentadores da escola?
Esta série é mais um canal que se abre para discussões sobre estes aspectos. O que se busca é contribuir para forjar a escola que produz a sua realidade, que contribui para a construção de soluções próprias para as questões que se apresentam. Nesta série, a questão central que se apresenta é a tecnologia como parceira nas ações educativas. Melhor dizendo, as tecnologias, todas elas: dos livros à TV, da Internet ao giz e ao quadro, queremos aprofundar o debate sobre como podem ser úteis aos nossos propósitos e como mudam tanto os objetivos como os meios para atingi-los.
Assumimos como fato que, mais dia menos dia, cada um destes elementos estará presente nas escolas, em cada escola. Já não cabe discutir se devem ou não estar na escola mas sim como devem estar na escola. Cabe também debater como a escola deve recebê-los, como pode se modificar em função das novas possibilidades.
Os livros trazem informação cristalizada, o que está neles até parece verdade, mas nem sempre é. Quem faz do livro algo vivo, que transcende o que ali está posto em suas tintas, é o leitor que o modifica ao ler com olhos próprios, permeado por sua cultura, sua vida, seu universo social. Lendo livros, vários livros, indo de uma referência a outra, discutindo com outros leitores, o leitor, cada leitor, faz do livro algo muito maior do que suas dezenas ou centenas de páginas. A riqueza de um livro não está no número de páginas que ele traz mas a quantas outras nos remete; não está só nas informações que contém, mas nas outras leituras que nos leva a fazer. O que faz de um livro uma "Obra Aberta" é quem o abre, o lê, o relê, concorda e discorda dele.
O intertexto, nome que se dá quando autores utilizam textos de outros em meio aos seus, virou hipertexto. Caminhamos hoje "por mares nunca dantes navegados" – um intertexto – de textos que se conectam, se completam e se contradizem, inserindo-se uns dentro dos outros como bem mostram a página na internet que trata de "Elementos do Texto " em "http://www.angelfire.com/bc/fontini/resenha.html#intertex" – um hipertexto –, ou como o trabalho de Gloria Elizabeth Saldivar, "A natureza heterogênea do discurso", em "http://www.discurso.ufrgs.br/article.php3?id_article=2". Estas citações fazem deste texto um hipertexto porque remetem diretamente à leitura de outros.
Um texto agradável em torno da definição de hipertexto pode ser encontrado na monografia de Miguel Said Vieira, "História do Hipertexto " que pode ser encontrada em: "http://www.eca.usp.br/prof/mylene/cje-566/hipertex/hiper.htm".
A Internet permite acessar muitos textos, hipertextos, imagens, vídeos, sons... Mas permite também o caminho inverso: que a escola vá ao mundo.Com a Internet a escola, cada escola, pode "mostrar a sua cara", colocando lá seus trabalhos, trocando suas dúvidas e incertezas.
Computadores com Internet talvez sejam os meios que mais nos fizeram falta na escola e sequer percebíamos isso. A Internet é o lugar da dúvida, da incerteza. Nada na Internet pode ser aceito passivamente, sem confirmação. Em nenhum espaço, antes, a certeza deu tanto lugar à dúvida. Com ela a construção do ser crítico, que precisa decidir e desenvolver capacidade de avaliação, é uma necessidade cotidiana. Como pudemos viver tanto tempo sem eles?
É preciso, também, refletir e propor formas de integração entre esses meios. O livro muda a Internet e a Internet muda o livro. Quem vê vários canais de TV ao mesmo tempo, quem estuda ouvindo música, quem lê ao mesmo tempo em que assiste TV, não escreve como quem viveu em tempos passados. Livros hoje, como este texto que você está lendo, são hipertextuais. Programas de TV buscam qualidades literárias. Os meios se contaminam e se modificam uns aos outros, porque são produtos do momento histórico em que são criados e utilizados. E este momento é, sem dúvida, multifacetado, pródigo em variedade tanto de forma como de conteúdo.
Como podem esses meios, cada um deles ou em conjunto, contribuir para a criação de ambientes de aprendizagem que envolvam os estudantes? Como podem contribuir para aprofundar a parceria produtiva entre professores e alunos? E a parceria entre alunos, pode se dar sob novas formas? Pode a tecnologia contribuir para que o aprendizado se dê de forma mais contextualizada? De forma mais divertida? Mais profunda?
Internet, computadores, TV e impressos podem ser tratados como suporte à informação: meios sobre os quais ela é veiculada. Mas isso é pouco, diminui e muito seu potencial como parceiros na ação educativa. Esses "meios", como diz o nome, são de comunicação, são para comunicação. É preciso aprender a lê-los e a "escrever" com eles.
Estes são alguns dos aspectos que pretendemos nos aventurar a debater ao longo desta série, organizada em cinco programas, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 27 de setembro e 1 de outubro de 2004.
PGM 1 - Escola e tecnologia: uma conversa
Escola e tecnologia: que diálogo se constrói? Quem ganha e o que se ganha nesta interação? Que formação é necessária? Quais conformações são necessárias? Quais são úteis? O que muda na escola com a tecnologia? O que muda em quem vai à escola? E o que muda na tecnologia que vai à escola? A tecnologia como uma aliada de educadores e aprendizes.
PGM 2 - Objetos de Aprendizagem
Sistemas e ambientes que auxiliam o acesso ao conhecimento, a interação e a troca entre educadores. O conhecimento apresentado como o quebra-cabeça, esperando quem o monte. Nesse programa, serão discutidos o papel e a forma que têm alguns repositórios de propostas para educadores, entre eles, o RIVED do MEC, o século XX1 da Multirio e o Ambiente Pedagógico Colaborativo - APC criado pela SEE do Paraná.
PGM 3 – O mundo livre e a liberdade da escola
As possibilidades que se abrem à escola quando se usa Software livre (Linux). As trocas com seu entorno e a possibilidade de criar soluções próprias para suas necessidades. A possível cooperação entre professores e alunos ao criar programas com identidade local. O software livre e a possibilidade de produzir bens de interesse social na escola. O mundo da produção de software livre e a produção na escola: como dialogam?
PGM 4 – Rádio e TVÉ possível fazer TV e rádio na escola. Com que equipamentos se faz isso? Com que organização se faz isso? Como vê TV um estudante que faz TV? Como ouve rádio um professor que faz rádio em sua escola? Rádio e TV feitas com auxílio de computador e veiculadas via Internet. Como a escola pode usar e transformar o que recebe pelas antenas de rádio e TV?
PGM 5 - Internet
O mundo vai à escola, a escola vai ao mundo. Comunidades, correio eletrônico, pesquisa, informações, verdades e mentiras, cuidados, produzindo e publicando o que se faz, colaboração, weblog, novas parcerias, interação com outras escolas e com centros de estudos e pesquisa... É muito o que se pode com a Internet, mas ela não faz nada sozinha. Somos nós que a fazemos. Como podemos fazer escola com a Internet?
E a tecnologia, ela muda quando "vai à escola"? De que forma a escola, com seus alunos, seus professores, suas necessidades e sua história podem mudar a tecnologia? O que é preciso para isso? Que ações, que reflexões, que práticas, que alianças são necessárias para que tenhamos a tecnologia formada e conformada de acordo com anseios, possibilidades e potencialidades dos outros freqüentadores da escola?
Esta série é mais um canal que se abre para discussões sobre estes aspectos. O que se busca é contribuir para forjar a escola que produz a sua realidade, que contribui para a construção de soluções próprias para as questões que se apresentam. Nesta série, a questão central que se apresenta é a tecnologia como parceira nas ações educativas. Melhor dizendo, as tecnologias, todas elas: dos livros à TV, da Internet ao giz e ao quadro, queremos aprofundar o debate sobre como podem ser úteis aos nossos propósitos e como mudam tanto os objetivos como os meios para atingi-los.
Assumimos como fato que, mais dia menos dia, cada um destes elementos estará presente nas escolas, em cada escola. Já não cabe discutir se devem ou não estar na escola mas sim como devem estar na escola. Cabe também debater como a escola deve recebê-los, como pode se modificar em função das novas possibilidades.
Os livros trazem informação cristalizada, o que está neles até parece verdade, mas nem sempre é. Quem faz do livro algo vivo, que transcende o que ali está posto em suas tintas, é o leitor que o modifica ao ler com olhos próprios, permeado por sua cultura, sua vida, seu universo social. Lendo livros, vários livros, indo de uma referência a outra, discutindo com outros leitores, o leitor, cada leitor, faz do livro algo muito maior do que suas dezenas ou centenas de páginas. A riqueza de um livro não está no número de páginas que ele traz mas a quantas outras nos remete; não está só nas informações que contém, mas nas outras leituras que nos leva a fazer. O que faz de um livro uma "Obra Aberta" é quem o abre, o lê, o relê, concorda e discorda dele.
O intertexto, nome que se dá quando autores utilizam textos de outros em meio aos seus, virou hipertexto. Caminhamos hoje "por mares nunca dantes navegados" – um intertexto – de textos que se conectam, se completam e se contradizem, inserindo-se uns dentro dos outros como bem mostram a página na internet que trata de "Elementos do Texto " em "http://www.angelfire.com/bc/fontini/resenha.html#intertex" – um hipertexto –, ou como o trabalho de Gloria Elizabeth Saldivar, "A natureza heterogênea do discurso", em "http://www.discurso.ufrgs.br/article.php3?id_article=2". Estas citações fazem deste texto um hipertexto porque remetem diretamente à leitura de outros.
Um texto agradável em torno da definição de hipertexto pode ser encontrado na monografia de Miguel Said Vieira, "História do Hipertexto " que pode ser encontrada em: "http://www.eca.usp.br/prof/mylene/cje-566/hipertex/hiper.htm".
A Internet permite acessar muitos textos, hipertextos, imagens, vídeos, sons... Mas permite também o caminho inverso: que a escola vá ao mundo.Com a Internet a escola, cada escola, pode "mostrar a sua cara", colocando lá seus trabalhos, trocando suas dúvidas e incertezas.
Computadores com Internet talvez sejam os meios que mais nos fizeram falta na escola e sequer percebíamos isso. A Internet é o lugar da dúvida, da incerteza. Nada na Internet pode ser aceito passivamente, sem confirmação. Em nenhum espaço, antes, a certeza deu tanto lugar à dúvida. Com ela a construção do ser crítico, que precisa decidir e desenvolver capacidade de avaliação, é uma necessidade cotidiana. Como pudemos viver tanto tempo sem eles?
É preciso, também, refletir e propor formas de integração entre esses meios. O livro muda a Internet e a Internet muda o livro. Quem vê vários canais de TV ao mesmo tempo, quem estuda ouvindo música, quem lê ao mesmo tempo em que assiste TV, não escreve como quem viveu em tempos passados. Livros hoje, como este texto que você está lendo, são hipertextuais. Programas de TV buscam qualidades literárias. Os meios se contaminam e se modificam uns aos outros, porque são produtos do momento histórico em que são criados e utilizados. E este momento é, sem dúvida, multifacetado, pródigo em variedade tanto de forma como de conteúdo.
Como podem esses meios, cada um deles ou em conjunto, contribuir para a criação de ambientes de aprendizagem que envolvam os estudantes? Como podem contribuir para aprofundar a parceria produtiva entre professores e alunos? E a parceria entre alunos, pode se dar sob novas formas? Pode a tecnologia contribuir para que o aprendizado se dê de forma mais contextualizada? De forma mais divertida? Mais profunda?
Internet, computadores, TV e impressos podem ser tratados como suporte à informação: meios sobre os quais ela é veiculada. Mas isso é pouco, diminui e muito seu potencial como parceiros na ação educativa. Esses "meios", como diz o nome, são de comunicação, são para comunicação. É preciso aprender a lê-los e a "escrever" com eles.
Estes são alguns dos aspectos que pretendemos nos aventurar a debater ao longo desta série, organizada em cinco programas, que será apresentada no programa Salto para o Futuro/TV Escola, de 27 de setembro e 1 de outubro de 2004.
PGM 1 - Escola e tecnologia: uma conversa
Escola e tecnologia: que diálogo se constrói? Quem ganha e o que se ganha nesta interação? Que formação é necessária? Quais conformações são necessárias? Quais são úteis? O que muda na escola com a tecnologia? O que muda em quem vai à escola? E o que muda na tecnologia que vai à escola? A tecnologia como uma aliada de educadores e aprendizes.
PGM 2 - Objetos de Aprendizagem
Sistemas e ambientes que auxiliam o acesso ao conhecimento, a interação e a troca entre educadores. O conhecimento apresentado como o quebra-cabeça, esperando quem o monte. Nesse programa, serão discutidos o papel e a forma que têm alguns repositórios de propostas para educadores, entre eles, o RIVED do MEC, o século XX1 da Multirio e o Ambiente Pedagógico Colaborativo - APC criado pela SEE do Paraná.
PGM 3 – O mundo livre e a liberdade da escola
As possibilidades que se abrem à escola quando se usa Software livre (Linux). As trocas com seu entorno e a possibilidade de criar soluções próprias para suas necessidades. A possível cooperação entre professores e alunos ao criar programas com identidade local. O software livre e a possibilidade de produzir bens de interesse social na escola. O mundo da produção de software livre e a produção na escola: como dialogam?
PGM 4 – Rádio e TVÉ possível fazer TV e rádio na escola. Com que equipamentos se faz isso? Com que organização se faz isso? Como vê TV um estudante que faz TV? Como ouve rádio um professor que faz rádio em sua escola? Rádio e TV feitas com auxílio de computador e veiculadas via Internet. Como a escola pode usar e transformar o que recebe pelas antenas de rádio e TV?
PGM 5 - Internet
O mundo vai à escola, a escola vai ao mundo. Comunidades, correio eletrônico, pesquisa, informações, verdades e mentiras, cuidados, produzindo e publicando o que se faz, colaboração, weblog, novas parcerias, interação com outras escolas e com centros de estudos e pesquisa... É muito o que se pode com a Internet, mas ela não faz nada sozinha. Somos nós que a fazemos. Como podemos fazer escola com a Internet?
Tecnologias trazem o mundo para a escola
Tecnologias trazem o mundo para a escola
Entrevista com a professora Maria Elizabeth Biaconcini Almeida
18.07.2008
Por Renata Chamarelli
Professora associada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria Elizabeth Biaconcini Almeida, mais conhecida como Beth Almeida, se dedica a estudar a aplicação de novas tecnologias na educação, desde 1990. Na época, ajudou a estruturar o núcleo de informática da Universidade Federal de Alagoas. Com mestrado e doutorado na área, atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando Novas Tecnologias em Educação.
Em entrevista ao Jornal do Professor, a especialista ressaltou a importância da capacitação dos educadores para a modernização da sala de aula. Segundo ela, as ferramentas de produção colaborativa já são as mais utilizadas e o futuro das escolas será pautado por uma palavra: conectividade.
1. O que são exatamente as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na educação?
Quando falamos de novas tecnologias fazemos referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, sabemos que a tendência é de que haja uma convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo. O essencial é que este dispositivo possua ferramentas de produção colaborativa de conhecimento, de busca de informações atualizadas. Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na qual todos são autores do processo ou, pelo menos, têm potencial para ser.
2. Quando surgiu a discussão sobre esse assunto?
O primeiro projeto público surgiu no Brasil em meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por cinco universidades públicas que se dedicaram à produção de softwares, formação de educadores e desenvolvimento de projetos pilotos nas escolas.
3. Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos para o desempenho dos alunos?
Vivemos numa sociedade informatizada. Não podemos negar o contato com a tecnologia justamente para a população menos favorecida que, em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente escolar. Pesquisas mostram resultados promissores quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o desenvolvimento de produções em grupo.
4. Como elas devem ser usadas do ponto de vista pedagógico?
As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, como em atividades de resolução de problemas, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de projetos. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para: chegar até as informações que são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a criatividade, a co-autoria e senso crítico.
5. Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?
A primeira mudança é a expansão do espaço e do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. Isso, porque o conhecimento não se produz só na escola, mas também na vida - numa empresa, num museu, num parque de diversões, no meio familiar. Tais espaços poderão se integrar com as práticas escolares e provocarão uma revisão no conceito de escola e de currículo. Os equipamentos serão bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A conectividade é que vai nos acompanhar em todos os lugares.
6. Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?
Já temos uma série de instrumentos sendo utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo, são bastante disseminados entre os docentes. O WiKi, que é um programa virtual de produção colaborativa de textos, também. Entretanto há outros recursos, como simuladores que permitem visualizar fenômenos da natureza ou do corpo humano que não teríamos condições de acompanhar se não fosse virtualmente; os simuladores propiciam também compreender o significado de funções matemáticas abstratas por meio de testes de hipóteses e da representação gráfica instantânea.
7. A senhora pesquisou a política de outros paises em relação à aplicação das TICs na educação. Como o Brasil se posiciona em relação a países como Estados Unidos e Portugal?
Atualmente, há uma convergência das experiências em diversos países. Os computadores portáteis, por exemplo, estão sendo testados em todo o mundo, simultaneamente: tanto em países da América Latina, quanto da África, da Europa. O problema, no entanto, não é a disponibilidade das tecnologias e sim a formação de professores para utilizar as TICs. Outro problema que também se evidencia em todos os países é a concepção de currículo. Precisamos superar a idéia do currículo prescrito como lista de tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído integrando o que emerge da própria relação cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os currículos não abordam habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha com o registro de uma atividade num blog, por exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo computador, que tem o seu desenvolvimento registrado e, assim, é possível identificar diferentes dimensões do currículo que foram trabalhadas no projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.
8. O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?
Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter um projeto de tecnologias na educação que integra a formação de educadores, a prática de uso de tecnologias e a pesquisa científica.
Entrevista com a professora Maria Elizabeth Biaconcini Almeida
18.07.2008
Por Renata Chamarelli
Professora associada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria Elizabeth Biaconcini Almeida, mais conhecida como Beth Almeida, se dedica a estudar a aplicação de novas tecnologias na educação, desde 1990. Na época, ajudou a estruturar o núcleo de informática da Universidade Federal de Alagoas. Com mestrado e doutorado na área, atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Educação pesquisando Novas Tecnologias em Educação.
Em entrevista ao Jornal do Professor, a especialista ressaltou a importância da capacitação dos educadores para a modernização da sala de aula. Segundo ela, as ferramentas de produção colaborativa já são as mais utilizadas e o futuro das escolas será pautado por uma palavra: conectividade.
1. O que são exatamente as novas tecnologias que estão sendo aplicadas na educação?
Quando falamos de novas tecnologias fazemos referência, principalmente, àquelas digitais. Hoje, sabemos que a tendência é de que haja uma convergência de tecnologias e mídias para um único dispositivo. O essencial é que este dispositivo possua ferramentas de produção colaborativa de conhecimento, de busca de informações atualizadas. Isso possibilita uma comunicação multidirecional, na qual todos são autores do processo ou, pelo menos, têm potencial para ser.
2. Quando surgiu a discussão sobre esse assunto?
O primeiro projeto público surgiu no Brasil em meados da década de 1980. Era o EDUCOM, um projeto de pesquisa desenvolvido em conjunto por cinco universidades públicas que se dedicaram à produção de softwares, formação de educadores e desenvolvimento de projetos pilotos nas escolas.
3. Há uma certa polêmica em torno do uso das tecnologias em sala de aula. Afinal, os efeitos são positivos ou negativos para o desempenho dos alunos?
Vivemos numa sociedade informatizada. Não podemos negar o contato com a tecnologia justamente para a população menos favorecida que, em geral, só teria condições de acessá-la no ambiente escolar. Pesquisas mostram resultados promissores quando as tecnologias de informação e comunicação (TICs) são utilizadas de forma adequada, que oriente o uso para a aprendizagem, o exercício da autoria e o desenvolvimento de produções em grupo.
4. Como elas devem ser usadas do ponto de vista pedagógico?
As novas tecnologias podem ser usadas de diferentes maneiras, mas podem trazer soluções mais eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, como em atividades de resolução de problemas, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de projetos. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para: chegar até as informações que são úteis nos seus projetos de estudo, desenvolver a criatividade, a co-autoria e senso crítico.
5. Na era da tecnologia, como serão as salas de aula do futuro?
A primeira mudança é a expansão do espaço e do tempo. Rompe-se com o isolamento da escola entre quatro paredes e em horários fixos das aulas. Teremos a escola no mundo e o mundo na escola. Isso, porque o conhecimento não se produz só na escola, mas também na vida - numa empresa, num museu, num parque de diversões, no meio familiar. Tais espaços poderão se integrar com as práticas escolares e provocarão uma revisão no conceito de escola e de currículo. Os equipamentos serão bem diferentes, estarão disponíveis em qualquer lugar, talvez nem tenhamos que carregá-los. A conectividade é que vai nos acompanhar em todos os lugares.
6. Quais serão as principais ferramentas dos professores? Que tipo de recurso já está sendo utilizado?
Já temos uma série de instrumentos sendo utilizados pelos professores. Os blogs, por exemplo, são bastante disseminados entre os docentes. O WiKi, que é um programa virtual de produção colaborativa de textos, também. Entretanto há outros recursos, como simuladores que permitem visualizar fenômenos da natureza ou do corpo humano que não teríamos condições de acompanhar se não fosse virtualmente; os simuladores propiciam também compreender o significado de funções matemáticas abstratas por meio de testes de hipóteses e da representação gráfica instantânea.
7. A senhora pesquisou a política de outros paises em relação à aplicação das TICs na educação. Como o Brasil se posiciona em relação a países como Estados Unidos e Portugal?
Atualmente, há uma convergência das experiências em diversos países. Os computadores portáteis, por exemplo, estão sendo testados em todo o mundo, simultaneamente: tanto em países da América Latina, quanto da África, da Europa. O problema, no entanto, não é a disponibilidade das tecnologias e sim a formação de professores para utilizar as TICs. Outro problema que também se evidencia em todos os países é a concepção de currículo. Precisamos superar a idéia do currículo prescrito como lista de tópicos de conteúdo. O currículo deve ser construído integrando o que emerge da própria relação cotidiana entre professores e alunos. Muitas vezes, os currículos não abordam habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas. Quando se trabalha com o registro de uma atividade num blog, por exemplo, os alunos desenvolvem um projeto pelo computador, que tem o seu desenvolvimento registrado e, assim, é possível identificar diferentes dimensões do currículo que foram trabalhadas no projeto, o que vai muito além do currículo prescrito.
8. O que está sendo feito hoje em termos de formação de professores?
Em primeiro lugar, no Brasil, todos os programas voltados para TICs na educação têm essa preocupação de capacitar os professores. Mais do que permitir o acesso à tecnologia, os programas trabalham a preparação dos educadores. E isso é uma questão de longo prazo, porque a formação se dá ao longo da vida, tem que ser continuada e voltada para a própria prática. Além disso, temos hoje várias pesquisas sendo desenvolvidas nesta área e o Brasil se destaca por ter um projeto de tecnologias na educação que integra a formação de educadores, a prática de uso de tecnologias e a pesquisa científica.
As sereias do ensino eletrônico
As sereias do ensino eletrônico
Paulo Blikstein
paulo@media.mit.edu
Pesquisador no Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Mestre pelo MIT Media Lab; engenheiro e mestre em engenharia pela
Escola Politécnica daUSP.
Marcelo Knörich Zuffo
mkzuffo@lsi.usp.br
Professor livre-docente do Departamento de Sistemas Digitais da Escola
Politécnica da USP. Engenheiro, mestre e doutor pela Escola Politécnica da USP.
Texto baseado em dissertação de Mestrado apresentada à Escola Politécnica da USP em 2001.
Resumo
As novas tecnologias têm um grande potencial para trazer grandes mudanças à educação. Entretanto, vemos que o paradigma da educação tradicional tem preponderado em um grande número de experiências, com o simples encapsulamento de conteúdo instrucional em mídias eletrônicas, apesar do discurso capturado de educadores progressistas. Possíveis causas e conseqüências desse processo são discutidas, como a integração da educação ao universo do consumo de massa, as demandas do novo mundo do trabalho à universidade e as promessas da educação on-line. Ao final, propomos princípios para a construção de ambientes de aprendizagem alternativos, utilizando as tecnologias como matéria-prima de construção e não só como mídia de transmissão de informações.
1. Ulisses revisitado
O segredo dos maiores escritores sempre foi um exercício de simplicidade: penetrar, com modéstia e determinação, naqueles poucos e recorrentes dilemas fundamentais da existência humana: amor, ódio, inveja, desejo, poder, paixão. Não é por acaso que suas obras continuam intactas, atuais e perturbadoras, séculos depois. Homero foi um desses, há mais de dois milênios atrás. Uma de suas mais famosas passagens vem da Odisséia, quando Ulisses pede para ser amarrado ao mastro de seu navio para poder ouvir os irresistíveis cantos das sereias, sem ser encantado e devorado por elas. Anterior às canetas esferográficas e aos processadores de texto, Homero tocou em uma dessas pulsões fundamentais, que nos aprisiona à nossa precária e apaixonante condição humana. A despeito de todos os avanços tecnológicos e sociais, elas devem permanecer intactas por mais uns tantos milênios.
Quase como o Ulisses de Homero, muitas profissões foram seduzidas, nos últimos anos, pelas encantantes melodias das novas tecnologias da comunicação e da informação. Nos primeiros anos da década de 90, foram os profissionais da informática, fascinados pelas perspectivas de riqueza instantânea e pela indubitável aura de sabedoria. Depois, foi a vez do comércio eletrônico e da “nova economia”, que embalaram sonhos de executivos e administradores e prometiam a completa transformação do mundo dos negócios. Mais tarde, veio o tempo do jornalismo eletrônico, da eliminação do papel, da personalização da notícia, da entrega em tempo real. Cada um receberia somente as notícias de seu interesse, toda manhã, sem precisar procurá-las por páginas e mais páginas de papel. Informatas, especialistas em comércio eletrônico e web-jornalistas, cada um a seu tempo, tiveram seu momento de glória, de exposição, de mágica sabedoria.
Mas... as sereias não brincam. Elas têm fome e finalmente mostraram a que vieram: devoraram, mastigaram, deglutiram sem piedade os web-designers, executivos e jornalistas. A bolha estourou, centenas de bilhões de dólares viraram poeira e... o sonho aparentemente acabou. Redescobrimos, duramente, algumas coisas que muitos acreditavam ultrapassadas. Em primeiro lugar, ainda gostamos, e com boas razões, de sair para fazer compras ou sentar calmamente para ler um jornal de papel. Há outras dimensões nessas duas atividades que não a simples minimização de custos e tempo. Em segundo lugar, os “serviços grátis” eram, primordialmente, uma estratégia de marketing. As empresas querem e precisam ter resultados positivos e não há contabilidade que faça sentido sem receita. Já dadas como mortas, as grandes corporações retomaram o fôlego e compraram boa parte do que sobrou, mostrando que não estão fora de moda, frágeis ou ultrapassadas. Pelo contrário, utilizando as novas tecnologias para agilizar suas operações pelo mundo, elas acabaram sendo grandemente beneficiadas. Em terceiro lugar, com o amadurecimento da tecnologia e o desaquecimento dos ânimos, percebeu-se que a mágica da multiplicação exponencial da audiência sem custos era um equívoco técnico. Um bom exemplo é o vídeo em tempo real (streaming) em que, ao contrário da televisão, cada usuário representa custo adicional para o emissor. Aplicações assim exigem uma quantidade maciça de investimento capital e de manutenção especializada, que não são baratos. Finalmente, vimos que as pessoas não querem (e não devem) passar as vinte e quatro horas do dia navegando na internet: há outras finalidades (bem mais interessantes) na existência humana. Ficaram algumas lições, que hoje parecem óbvias, mas que seriam consideradas retrógradas há alguns anos. Sabemos que sempre há exagero quando novas tecnologias chegam e todos temos a impressão de que elas vão varrer o antigo mundo do mapa. Freqüentemente, uns poucos ganham dinheiro e uma imensa maioria perde, diante da promessa de multiplicação milagrosa. Mas parecemos sempre esquecer de tudo isso quando deparamos com um desses momentos de deslumbramento.
Mesmo antes de terminar a digestão dos jornalistas, as sereias recomeçaram seus cantos. Encontraram um público numeroso e ávido por coisas novas: os educadores. Nunca se ouviu falar tanto de novas tecnologias para educação e essa prenunciada revolução tecnológica tem unido setores da sociedade que nem sempre caminham juntos: educadores, universidades públicas e privadas, empresas e governo. Novamente, vemos um discurso semelhante: tudo o que está aí será transformado, nada sobrará do mundo antigo, quem não se adaptar morrerá.
Será que estamos diante de uma verdadeira e unificante revolução ou de mais uma unanimidade à moda de Nelson Rodrigues1? Será que os educadores, amarrados ao mastro do navio de Ulisses, resistirão ao apelo das novas tecnologias ou acabarão encontrando nossos amigos executivos e jornalistas sendo revolvidos no estômago das sereias? E, afinal, quem são os grandes beneficiados por essas novas tecnologias? Empresas, poder público, educadores, escolas ou aquele esquecido elemento: o aprendiz?
2. Onde está a nova educação?
Em vez da transmissão unidirecional de informação, valoriza-se cada vez mais a interação e a troca de informação entre professor e aluno. No lugar da reprodução passiva de informações já existentes, deseja-se cada vez mais o estímulo à criatividade do estudantes. Não ao currículo padronizado, à falta de acesso à educação de qualidade, à educação “bancária”. Sim à pedagogia de projetos, à educação por toda a vida e centrada no aluno. Apesar de essas bandeiras serem quase unânimes, as respostas concretas a esses desafios ainda são raras e difusas. Uma das razões é que se deseja que as novas tecnologias resolvam todos esses problemas de uma vez, sendo que a base de todos eles não é, necessariamente, a ausência de uma determinada tecnologia. A estrutura de poder e a disciplina na educação tradicional não são fenômenos gratuitos ou espontâneos, mas tem raízes históricas consistentes, como sabemos de Emile Durkheim e Michel Foucault (SINGER: 1997). Portanto, não basta introduzir tecnologias – é fundamental pensar em como elas são disponibilizadas, como seu uso pode efetivamente desafiar as estruturas existentes em vez de reforçá-las.
Vale aí um exercício de imaginação. Vamos supor que uma nave extraterrestre, na Idade Média, tenha deixado na Terra um grande carregamento de computadores portáteis com uma rede sem fio semelhante à Internet. A população descobre o tal carregamento e, rapidamente, todo um feudo está cheio de computadores. O que iria acontecer? A primeira medida do senhor feudal seria catalogar as máquinas e decidir quem poderia tê-las ou não. Os líderes religiosos iriam rapidamente criar um código de conduta para o uso das novas máquinas. Os usos heréticos seriam banidos e uma equipe de fiscalização seria logo
colocada em operação.
Voltemos então aos nossos dias. Visitemos uma escola bem equipada em termos tecnológicos. Consultemos o manual de regras de uso da rede. Provavelmente, vamos encontrar lá mais proibições do que possibilidades: não se pode usar correio eletrônico, não se pode copiar arquivos da internet, há filtros e bloqueios de todos os tipos, o uso dos computadores é estritamente regulamentado, há cartazes em todas as paredes advertindo para as punições de quem não cumprir as regras. Qual é a mensagem que o aluno entende de tudo isso? Que as tecnologias vieram para dar-lhe mais espaço de criação? Ou vemos uma mera extensão dos mecanismos tradicionais de vigilância e punição da escola? E, afinal, há estudos que falam dos benefícios pedagógicos de filtrar a rede ou proibir o correio eletrônico? Temos visto que tais proibições têm pelo menos três causas. Em primeiro lugar, a preponderância da mentalidade de muitos dos tecnologistas (administradores de rede e projetistas de software), acostumados aos regulamentos e proibições do ambiente corporativo. Em segundo lugar, a preponderância da mentalidade de muitos dos administradores escolares, acostumados aos regulamentos e proibições do ambiente escolares. Em terceiro lugar, o modelo de disponibilização de equipamentos e tecnologias, em que escolas e professores são meros consumidores desses caros artefatos tecnológicos (SIPITAKIAT: 2002). Portanto, a forma de disponibilização e as mensagens ocultas no uso das novas tecnologias são tão importantes como a decisão de usá-las (BLIKSTEIN: 2002).
Em nosso cenário imaginário da Idade Média, qual seria o uso mais revolucionário das novas máquinas? Provavelmente, seriam inventados por pessoas que, escondidas em suas casas, criariam formas de se comunicar com seus colegas em outras partes do reino, burlar as proibições, marcar reuniões proibidas, conduzir projetos secretos, trocar livros vetados.
Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aqueles em que os alunos seguem receitas passo-a-passo ou quando empreendem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos regulamentos de conduta e comportamento?
Sabemos que uma boa parte da essência revolucionária se perde quando as tecnologias são assimiladas, padronizadas, burocratizadas. Alguns poderiam argumentar que, para as tecnologias serem utilizáveis, é necessário que seja assim mesmo. Não há como fabricar um carro no quintal, com martelos e pedaços de metal. É preciso industrializá-lo, produzi-lo em série. Entretanto, o principal argumento desse texto é que o computador, as tecnologias digitais e a Internet são revolucionários exatamente porque, sendo matéria prima digital, multiforme e de relativo baixo custo, podem ser reinventadas no quintal – podemos ser, ao mesmo tempo, produtores e consumidores. Mais do que isso, as mídias digitais oferecem infinito espaço para experimentações em diferentes níveis de realidade, seja programando o computador, editando filmes, fazendo robótica, construindo modelos computacionais ou elaborando sites na internet, com uma equação de custo fundamentalmente diferente. Que fique claro: não estamos falando do custo do ponto de vista negocial, da distribuição de conteúdos a baixo preço. Falamos do aluno, daquele que quer aprender e que não deseja necessariamente a solução de mídias que minimize o custo da empresa de ensino eletrônico, mas que maximize o que ele pode aprender.
E o que isso tudo está fazendo em um texto sobre educação a distância? As lições sobre o que ocorre com a tecnologia no ambiente escolar não podem ser esquecidas. Quando qualquer sistema, metodologia ou tecnologia de educação nos imagina apenas como consumidores de algo já mastigado, deglutido e digerido, boa parte de seu poder revolucionário se perdeu. Aliás, quando um sistema já nos apresenta, logo no início, coisas enquadradas e padronizadas, ele já está comunicando algo sobre como espera que nos comportemos. Daí tudo entra nos eixos dos antigos paradigmas, e passamos a pensar em termos das quatro operações: adição de conteúdos, redução de custos, multiplicação de alunos, divisão do número de professores.
É espantoso, por exemplo, que tantos e tantos softwares de gerenciamentos de cursos on-line usem a metáfora da escola – exatamente como ela é – como interface. Clicamos no ícone de “sala de aula” para acessar os conteúdos, em “secretaria” para nos registrar para as disciplinas, em “café” para uma conversa informal. O “fantasma” da escola tradicional mostra sua força até quando estamos desenhando uma interface que se pretende diferente. Mas há um motivo para a interface desses sistemas serem parecidos com a escola: é que eles funcionam quase como ela. A profissão da moda é o Design Instrucional. Ora, sabemos da semiótica que a forma com que nomeamos as coisas não é gratuita. Se já começamos assumindo que estamos falando de “instrução”, alguma coisa está errada. Da mesma forma, quando algumas empresas anunciam seus produtos de ensino on-line dizendo que permitem que professores e gerentes acompanhem minuciosamente o “desempenho” do aluno/funcionário, medido por testes de múltipla escolha, as coisas estão mais erradas ainda.
Cabe, portanto, um primeiro cuidado, já que vemos parceiros não habituais no mesmo barco. Será que governo, empresas, educadores, professores e alunos estão todos na mesma humilde canoa, buscando a transformação da educação e a emancipação do homem? Acreditamos que não. Governos buscam o atendimento às pressões sociais por mais educação, empresas buscam novas oportunidades de negócios, escolas buscam se adaptar aos novos tempos. Os discursos, entretanto, se confundem.
Essa confusão não é acidental. Educadores como Paulo Freire, John Dewey e Seymour Papert, entre outros, são também visionários, utopistas, têm projetos para a educação e para a sociedade. Como afirma o educador Fernando Almeida, além de toda a consistência e rigor teóricos, eles têm um discurso poderoso que seduz, encanta e apaixona. Entretanto, o que vemos ultimamente é que esses discursos têm sido paulatinamente esquartejados, mutilados, maltratados. Sua porção apaixonante tem sido usada como estratégia de marketing por empresas e gurus do ensino eletrônico e sua porção complexa, de difícil implementação, tem sido, muitas vezes, esquecida.
Ainda segundo Fernando Almeida:
Os processos de "encurtação" do tempo têm seus limites e se circunscrevem a algumas atividades humanas ou técnicas. Não servem para tudo. Os apressados historicamente são devorados pela realidade e insatisfeitos com o tempo de gestação dizem o que não fizeram, prometem o que não podem, criticam os que falam a verdade e, ao fim, se desesperançam. (ALMEIDA: 2002)
Para confirmar isso, basta comparecer a uma conferência de tecnologia educacional. A reclamação mais comum é a de que falta conteúdo. Dezenas de artigos são apresentados com fantásticos sistemas de gerenciamento de cursos on-line e laboratórios virtuais, festeja-se a interatividade e a interação, mas no final todos reclamam da falta de conteúdo. Essa reclamação já parte do pressuposto de que podemos tratar o conteúdo como entidade estática e congelada no tempo, o qual deve ser provido por uma equipe centralizada e especializada.
Mas, apesar de toda a simpatia com o movimento do General Ned Ludd, que quebrava as máquinas das fábricas inglesas no século XIX, esse texto não é neo-ludista, não é contra as máquinas ou as tecnologias. Ele é a favor da educação como um instrumento de libertação, de engrandecimento da condição humana, de descoberta de nossas potencialidades – e da tecnologia como grande fio condutor deste processo de mudança. Como afirma Pierre Lévy, é exatamente o uso intensivo das tecnologias que caracteriza nossa condição humana. Ele rejeita a metáfora do “impacto”, como se o homem fosse um alvo fixo, e as tecnologias projéteis externos (LÉVY: 1999). Tecnologia não é desumanizadora, pelo contrário – desumanizador é o uso que nós, homens, fazemos dela. A educação tradicional (anterior a toda tecnologia), tal como na metáfora do copo meio vazio, vê o aluno sempre como um ser em falta com os conteúdos, o comportamento e a motivação. Segundo essa visão, o aluno ainda não sabe, não pode, não se motiva e não está preparado. A educação deveria servir exatamente para que descubramos que sabemos, que podemos, que estamos preparados e que queremos mais. E isso não é apenas utopia, mas observação científica: nosso estudo de campo com mais de 200 crianças de escolas públicas brasileiras mostra que, quanto mais confiamos nelas, quanto menos proibições existem no ambiente, quanto mais convivial é a atmosfera, mais elas demonstram responsabilidade, maturidade, motivação e interesse (BLIKSTEIN: 2002). Marshall McLuhan (há quase 30 anos) já dizia que:
”A educação escolar tradicional dispõe de impressionante acervo de meios próprios para suscitar em nós o desgosto por seja qual for a atividade humana, por mais atraente que seja de partida.” (apud LIMA: 1971)
3. O e-mail e as ferrovias
Quando comentamos o aspecto sedutor das novas tecnologias e a pressa em infiltrá-las em todas as atividades humanas, cabe lembrar o argumento de Christopher Lasch, em “The Minimal Self”, publicado no longínquo ano de 1984. Lasch comenta como atividades e tecnologias são abandonadas precipitadamente, diante das promessas fantásticas das novas. O carro é um exemplo canônico, que não simplesmente acrescentou outro meio de transporte aos existentes, mas...
...conseguiu a sua proeminência à custa dos canais, estradas de ferro, ônibus e carruagens a cavalo, forçando assim a população a depender quase exclusivamente
do transporte automóvel, mesmo naqueles casos em que é manifestamente inadequado, tais como ir e vir do trabalho.” (LASCH: 1984).
O exemplo dos carros de Lasch pode ser facilmente estendido a numerosas tecnologias, como o telefone celular e o correio eletrônico. A segunda conseqüência do deslumbramento com as novas tecnologias é a aceitação de que sua abundância resolve todos os problemas. Já vimos isso com o uso da televisão na educação e vemos agora no discurso da revolução da informação, da democracia informacional, em que todos teriam acesso à informação em tempo real. É o teorema da chuva: façamos cair do céu computadores e redes em todos os cantos do planeta e os problemas se resolverão. Mas informação para quê? Lasch nos lembra que a abundância de escolhas é uma das causas do mal-estar e da ansiedade crônica do homem moderno – portanto, a idéia de que a moderna cultura de massa universaliza e democratiza bens e escolhas antes restritas aos mais ricos é, no mínimo, questionável. Henrique Del Nero, psiquiatra, mostra em “O Sítio da Mente” que a disponibilidade oceânica de informação não é garantia de aprendizado ou de construção de conhecimento:
“A pesquisa sem direção, sem nítido elemento conceitual que possa digerir e organizar a informação, pode criar pseudoculturas, idiot-savants. [...] Se essa informação é em quantidade enorme e muito rápida, não é demais imaginar que surjam patologias ansiosas, além da ignorância travestida de modernidade, pela exposição a contextos diversos e pouco sintetizáveis.” (DEL NERO: 1997)
Sergio Paulo Rouanet também comenta e critica a confusão não-acidental entre sociedade da informação e do conhecimento, reafirmando o que diz Del Nero sobre a necessidade do trabalho interno de reflexão para transformar informação em conhecimento. Ignorar essa diferença, segundo Rouanet, é usar esses fatos como ideologia em seu sentido clássico, ou seja, “um conjunto de idéias para mistificar relações reais, a serviço de um sistema de dominação” (ROUANET: 2002).
4. Mais do mesmo
Entretanto, quais outras diferenças vemos nesses múltiplos discursos que recuperam a educação como salvadora da pátria? Uma das linhas de argumentação parte da idéia de que há novas demandas da sociedade, que pedem a não-massificação, o uso dos computadores na educação, da educação por toda a vida, a familiaridade com a tecnologia como fator de sobrevivência profissional. Mas de quem são essas novas demandas?
A cada semana, nos cadernos de empregos dos grandes jornais, podemos contar dezenas de bordões relacionados ao tema, como “um novo trabalho”, “o fim do emprego” etc. O economista e professor José Pastore afirma no caderno de empregos da Folha de São Paulo:
“Para não perder a corrida, os trabalhadores têm que ser bem-educados e superar a inteligência da máquina. O novo mundo do trabalho não será benevolente com os incapazes e os preguiçosos. À juventude só resta se preparar adequadamente. Aos mais velhos, atualizar-se no que é possível. Aos governos, providenciar novas instituições e melhor educação”. (PASTORE, 1999) (Grifos meus)
Percebemos com clareza que a questão de fundo são as relações do sistema educacional com o sistema produtivo. Não estamos assistindo, necessariamente, a um “despertar para a sabedoria” do establishment produtivo: o problema é que a educação tradicional está se mostrando insuficiente para o tipo de mão de obra que se requer no suposto novo mundo do trabalho: não mais trabalhadores autômatos e repetitivos, mas ambiciosos e multifuncionais.
As mudanças estruturais que as empresas atravessaram, a redução de níveis hierárquicos, a concentração de funções, o aumento da carga de trabalho e a introdução intensiva de tecnologias modificaram as habilidades que se exigem dos empregados. A finalidade, entretanto, continua a mesma, segundo o sociólogo Ricardo Antunes:
“O ‘trabalho polivalente’, ‘multifuncional’, ‘qualificado’, combinado com uma estrutura mais horizontalizada e integrada entre diversas empresas [...] tem como finalidade a redução do tempo de trabalho. [...] De fato, trata-se de um processo de organização do trabalho cuja finalidade essencial, real, é a intensificação das condições de exploração da força de trabalho.” (ANTUNES: 2000)
Evidentemente, essa demanda por profissionais diferentes tem reflexos sobre quem os forma: a Universidade. Segundo Boaventura Souza Santos, sociólogo português, a crescente demanda social por profissionais extremamente capacitados tem feito crescer a duração do ciclo de formação universitária. A necessidade de abolir a seqüência educação trabalho e estabelecer uma relação simultânea fica clara, bastando observar o grande fortalecimento das “centrais de estágio” em todas as faculdades, inclusive para alunos dos primeiros anos.
A acelerada transformação dos processos produtivos faz com que a educação deixe de ser anterior ao trabalho para ser concomitante deste. A formação e o desempenho tendem a fundir-se num só processo produtivo, sendo disso sintomas as exigências da educação permanente, da reciclagem, da reconversão profissional, bem como o aumento da percentagem de adultos e de trabalhadores-estudantes entre a população estudantil. (BOAVENTURA: 1995)
Ora, nesse contexto, nada mais sedutor do que a promessa de fazer cursos sem sair de casa, no seu próprio ritmo, sem tanto esforço, por preços muito baixos. Idéias aparentemente já consagradas, como a aprendizagem para toda a vida, merecem uma análise cuidadosa. Segundo o polêmico pesquisador francês Eric Barchechat, assistimos a um processo de transferência da responsabilidade pela atualização profissional (e da culpa da eventual estagnação pessoal) da empresa para o empregado, assim como boa parte seus custos. Somos agora obsessivamente responsáveis por aprender por toda a vida para manter nossos empregos, dedicando mais e mais horas do nosso tempo – caso contrário, cairemos na vala comum dos preguiçosos e incapazes, para usar os termos de José Pastore. A suposta causa do desemprego ou da falta de oportunidades não são os fundamentos da economia, mas o “despreparo” dos trabalhadores.
Mas usar a educação como remédio universal não é também novidade. Tyack & Cuban, em “Thinkering towards utopia” (TYACK: 1995), mostram como muitas vezes é mais fácil receitar “remédios educacionais” imediatistas para males sociais do que resolvê-los. É mais fácil, por exemplo, prover a população de educação técnica do que resolver as grandes desigualdades de salários e níveis de renda do país. É mais fácil criar cursos de Ética Empresarial do que mudar as penas para sonegação fiscal ou golpes no mercado de capitais.
Com a competição cada vez mais acirrada, as empresas consideram que a alta velocidade de inovação é a única saída. Entretanto, os conceitos e discursos aí envolvidos são perigosos: invenção, criatividade, inovação, humanização: será que são todos sinônimos? Um esclarecimento vem da entrevista concedida à revista Veja por Larry Elisson, fundador e presidente da Oracle, uma das maiores empresas de software do mundo:
Veja – Seus críticos dizem que seu sistema de administração via web transforma as empresas em computadores, em que todo o lado humano se perde. Os funcionários viram meros robôs...
Ellison – Certos procedimentos funcionam em qualquer parte do mundo. Não adianta querer inventar. Querer ser muito criativo. Isso custa caro. Quer ser criativo? Escreva um romance. As empresas não precisam de criatividade. Precisam de inovação, e isso só se consegue com uma gerência centralizada que una todos os esforços de todas as filiais espalhadas pelo mundo. Isso só se consegue, por um
preço viável, via internet. (VEJA: 2000)
A demanda por um novo tipo de profissional, multifuncional, polivalente e inovador recai sobre a universidade. Sua estrutura atual, entretanto, não pode (e nem deve) acompanhar a velocidade de mudança do mercado nem o custo resultante do atendimento a todas as demandas que lhe são feitas. Pelo contrário, ao mesmo tempo em que novas exigências aparecem, as políticas de financiamento público ficam cada vez mais restritivas (SANTOS: 1995).
Portanto, vemos que o discurso do “novo trabalho” tem conseqüências diretas naquele da “nova educação”. E como esse discurso está penetrando no nosso imaginário?
5. Jeans personalizados
Na Figura 1 temos a reprodução de um material publicitário da Levi’s americana. A empresa oferece um serviço surpreendente: podemos escolher o tamanho, a cor e o corte de uma calça jeans e recebê-la em quinze dias. Esse tipo de serviço é festejado por muitos gurus norte-americanos como o final da produção em massa e do nascimento da produção personalizada. Segundo tais futurólogos, essa nova era permitirá que nos emancipemos da ditadura da produção em massa para mergulharmos felizes no mundo customizado – para usar um anglicismo tão discutível quanto a idéia.
Sabemos que não estamos diante de nenhuma revolução, mas apenas de uma estratégia de marketing, já apelidada de “personalização em massa”. A promessa é certamente sedutora: produtos únicos, personalizados. Na verdade, trata-se apenas de um engenhoso esquema de venda direta ao consumidor acompanhado de um cuidadoso estudo estatístico.
A educação conheceu, no passado, um processo semelhante àquele das calças jeans: a massificação. Agora, as ditas “novas tecnologias” prometem igualá-la em status às Levi’s. Nosso imaginário é povoado pela idéia de uma educação personalizada, entregue ao gosto do freguês, quase sem custo, no conforto do lar. À primeira vista, parecem promessas excelentes – mas o que efetivamente muda?
A promessa de ampliação do sistema de educação superior, uma recorrente e justa demanda da sociedade, não é nova. O acesso à educação superior é supostamente um dos caminhos clássicos de mobilidade social. Pierre Bourdieu, que estudou detalhadamente o sistema educacional superior francês na década de 60, concluiu que a educação é uma das principais instituições de controle e alocação de status e privilégios nas sociedades contemporâneas (SWARTZ: 1997).
Para Bourdieu, entretanto, as iniciativas públicas de ampliação do sistema educacional como instrumento de redução de desigualdades sociais tiveram o efeito contrário. Apesar dos avanços nesse sentido, as desigualdades persistiram e, na verdade, até se aprofundaram, com a herança de diferenças culturais que estratificam o desempenho acadêmico e a colocação profissional. Boaventura lembra que uma alternativa para combater o elitismo da universidade foi a abertura, em grande escala, de vagas no ensino superior que
[...] possibilitaram a massificação da universidade e com ela a vertigem da distribuição (se não mesmo produção) em massa da alta cultura universitária.” (SANTOS: 1995)
A idéia era que a escolarização universal acabaria por atenuar a dicotomia entre alta cultura e cultura de massas. Novamente, não foi o que ocorreu. O resultado não foi a eliminação da dicotomia, mas o seu deslocamento para dentro do próprio sistema universitário, como sabemos também de Bourdieu. Estabeleceu-se uma distinção que permanece até os dias de hoje: universidade de elite e universidade de massas.
Eric Barchechat, autor de um detalhado estudo sobre os usos de novas tecnologias nas escolas da Comunidade Européia (Socrates Mailbox) (BARCHECHAT: 1998), afirma que as novas alternativas de educação a distância são mais promissoras exatamente para quem já passou pelo sistema educacional formal e adquiriu autonomia, repertório e disciplina para o estudo individualizado, auto-regulado. Embora a promessa das novas tecnologias, em particular da educação a distância, seja a universalização da educação de alto nível, a possibilidade de personalização do currículo, de estudo no próprio ritmo, sem deslocamentos físicos, o que observamos é que, além de não serem promessas novas, não parecem tocar
no ponto principal: mudar o jeito de aprender para que, entre outras coisas, o aprendizado seja mais inclusivo. A simples industrialização de produtos educacionais convencionais, adicionados de animações ou conversa eletrônica, certamente vai continuar beneficiando a pequena elite que pode fazer uso deles. No entanto, se entendermos a educação como algo que deve partir na realidade do aprendiz, no sentido de Paulo Freire, vislumbramos outras possibilidades mais inclusivas (porque tratam dos problemas que são importantes e familiares para as pessoas) e menos massificadas. A maior perversidade reside no uso comercial que se tem feito de tudo isso, com o objetivo de atender à demanda já providencialmente criada pelo pânico da desatualização profissional, pela necessidade de treinamento constante etc. Aliás, nada diferente do que acontece no Brasil com a proliferação de universidades particulares de baixa qualidade.
6. O ensino como commodity
O historiador canadense David Noble, em sua série de artigos “Digital Diploma Mills: the automatization of higher education”, faz uma profunda análise do fenômeno.
Por trás da mudança, e camuflada por ela, há outra: a comercialização da educação superior. Aqui, como em qualquer lugar, a tecnologia não é nada além de um veículo e um disfarce para desarmar as pessoas. (NOBLE: 1998)
Em sua análise, Noble afirma que a grande mudança que ocorreu na universidade nas últimas duas décadas foi o reconhecimento de que é um lugar importante de acumulação de capital. Isso acabou por converter a atividade intelectual em capital intelectual e, portanto, em propriedade intelectual. Esse processo teve várias fases e começou com a commoditização da pesquisa universitária há vinte anos, garantindo a transformação do conhecimento científico e tecnológico em um produto comercializável. A segunda fase, que ocorre atualmente, é a da commoditização da função educacional da universidade, que converte cursos em material didático e encapsula a atividade docente em produtos comerciais que podem ser negociados no mercado.
Segundo ele, as conseqüências da commoditização da pesquisa universitária foram nefastas para o ensino nas universidades. O número de alunos por classe aumentou, os recursos humanos e materiais para educação foram reduzidos e salários congelados. Ao mesmo tempo, as anuidades pagas pelos alunos aumentaram significativamente (nos EUA, onde a grande maioria do sistema de ensino superior é pago, mesmo nas universidades públicas), para financiar a criação e manutenção de uma infra-estrutura comercial e administrativa inchada.
Os dados mais recentes, nas palavras de Noble, apontam para:
“Cursos baseados no computador, com sua ilimitada demanda de tempo dos instrutores e grandes custos adicionais (equipamento, manutenção, pessoal técnico
e administrativo) – custam mais e não menos do que a educação tradicional, mesmo com a redução do custo do trabalho humano direto, e portanto precisam de
financiamento externo ou taxas adicionais de tecnologias cobradas dos estudantes.”(idem)
Em muitas universidades, esse processo está convertendo professores em funcionários de uma linha de produção de materiais instrucionais que, portanto, ficam sujeitos a todas as pressões que todos os trabalhadores de outros ramos de atividade sofreram com processos de mudança tecnológica.
Segundo Noble, com os cursos on-line, os administradores ganham um controle sem precedentes sobre o conteúdo e o seguimento deles, para objetivos nem sempre positivos, como a censura. Ao mesmo tempo, o uso de tecnologia aumenta as horas de trabalho e intensifica-o (com escritórios em casa e a acessibilidade permanente de professores e alunos etc.), como afirma também Ricardo Antunes. Noble alerta para a tendência de proletarização da atividade educacional, aumento da velocidade, padronização do trabalho, maior disciplina e supervisão gerencial, menor autonomia e a contaminação da lógica de
redução de custos e aumento da lucratividade. Segundo alguns especialistas de Wall Street, citados por ele, o mesmo processo de desprofissionalização sofrido pelos médicos, com o crescimento das empresas administradoras de planos de saúde, está acontecendo na educação. Há um crescente desinteresse pelas empresas gerenciadoras de saúde (HMO, ou Health Management Organizations) e grandes expectativas pelas EMO (Educational Management Organizations).
É sintomático que o presidente da Educom, uma associação de várias universidades que promove a educação on-line, Robert Heterich, tenha declarado que:
“Hoje estamos olhando para um ambiente altamente pessoal, mediado pelo ser humano. O potencial para remover a mediação humana em algumas áreas e substituí-la por tecnologia, computadores, sistemas inteligentes e redes é enorme. Isso tem que acontecer.” (apud NOBLE: 1998)
Ao mesmo tempo em que as universidades vêem crescer sua carência de recursos materiais, elas sabem que têm um produto valorizado no mercado: o saber-fazer da educação. A solução de muitas iniciativas norte-americanas, como vimos, é transferir a linha de montagem de cursos para dentro da universidade, usando os atuais recursos humanos sem grande incremento de custo. A propriedade intelectual, entretanto, vai para a instituição ou para as empresas que exploram comercialmente o material, assim como as decisões políticas/comerciais/institucionais sobre sua utilização.
A UNEXT, uma empresa de educação e internet fundada por professores famosos (inclusive com dois prêmios Nobel), tem contratos com várias universidades norte americanas e negocia com outras o uso de seus materiais didáticos nos cursos virtuais da empresa. A crítica de vários professores da Universidade de Chicago (uma das que tem contrato com a UNEXT) é que ela está abrindo mão da integridade intelectual (desvalorizando o diploma da universidade, que emprestaria sua marca também) em nome do interesse financeiro de alguns de seus dirigentes (alguns, curiosamente, também são sócio-fundadores da UNEXT). A empresa responde que, disponibilizando seu material on-line, as universidades aumentarão sua presença internacional, além de aumentar sua receita (KUO: 1999). Uma interessante resposta a esse debate veio do Massachusetts Institute of Technology em 2001, quando simplesmente decidiu disponibilizar gratuitamente todo o material de seus cursos, assumindo que não se tratava de ensino a distância, mas de uma contribuição pública. O MIT continua tendo um departamento de cursos executivos presenciais e a distancia, mas preferiu separar esse tipo de atividade de suas disciplinas tradicionais para os alunos de engenharia. A atitude mudou o cenário e a estratégia de várias universidades nos Estados Unidos, anteriormente dominada pela lógica empresarial.
É um bom alarme para os que prezam o conhecimento como patrimônio público: não nos esqueçamos de que as universidades públicas brasileiras estão cada vez mais sufocadas financeiramente e que oportunidades de gerar recursos com cursos on-line deverão parecer tentadoras, mas possivelmente não serão as que mais contribuirão para atenuar a exclusão social no Brasil.
7. E - educação ou não-educação?
Afinal de contas, educação por meios eletrônicos funciona? Talvez essa seja a pergunta errada. Podemos afirmar que a educação presencial funciona? Apesar de vários estudos (DILLON: 1999, MUIRHEAD: 2000, JAASMA: 2000, FASTCOMPANY: 2000) apontarem para as insuficiências da interação exclusivamente on-line, nada indica que a educação a distância não possa ser mais uma das muitas formas de aprender. Edith Ackermann afirma que a maioria dos projetos confia quase que exclusivamente no texto escrito como forma de interação entre pares (e-mail, listas de discussão), esquecendo-se de que ele é apenas uma das formas pelas quais as pessoas se comunicam. Na maioria desses cursos, “as pessoas conversam sobre a conversa sobre a conversa... é tudo discursivo” (ACKERMANN: 2002).
O perigoso, na verdade, é considerar a educação a distancia como um milagre multiplicativo que vai salvar a pátria, como afirma Huberman:
O termo inovação é altamente traiçoeiro, sendo ao mesmo tempo sedutor e enganoso: sedutor, porque implica melhoramento e progresso, ao passo que em realidade apenas significa alguma coisa de novo e diferente. Enganoso, porque desvia a atenção da substância da atividade em causa – o aprendizado – em favor do cuidado da tecnologia da educação. (HUBERMAN: 1973)
Vamos novamente lembrar do fenômeno que descrevemos no início desse texto: os exageros e a impressão de que tudo muda repentinamente. Há alguns anos, no alvorecer dos cursos on-line, visionários já anunciavam o fim das aulas presenciais e a possibilidades de lucros infinitos por meio da entrega personalizada de conteúdos educacionais. A ilusão de que se poderia produzir alguns cursos e distribuí-los em massa a custos desprezíveis ganhou força. Cursos on-line eram oferecidos como brindes na venda de CDs e livros, por meio de empresas de nomes sugestivos como a notHarvard.com. Era o tempo do EduCommerce, do content delivery. A realidade, entretanto, era que os cursos tinham evasão altíssima e, quando eram de boa qualidade e contavam com 100% de freqüência, custavam o mesmo ou mais que seus equivalentes presenciais, a não ser que a escala fosse enorme (como afirma D. Laudrillard, vice-reitora da Open University inglesa, uma das mais antigas instituições de ensino a distância do mundo (LAURILLARD: 2000).
David Cavallo diz que:
Estamos abandonando a abordagem tradicional na educação presencial, mas muitas pessoas fazem isso em educação a distância e dizem “oh, veja que grande avanço, nós fizemos isso a distância”. Em outras palavras, estamos usando um mau modelo presencial e aplicando-o a distância.” (CAVALLO: 2001)
Ou como afirma uma dos entrevistados do estudo da revista Fast Company:
“Se educação a distância fosse uma ferramenta viável, todos nós que assistimos o “Travel Channel” teríamos doutorado em culturas mundiais. Simplesmente disponibilizar informação é tão educacional como ler um teleprompter.” (FASTCOMPANY: 2000)
Diante de todos esses problemas e decepções, em 2001, um novo termo surgiu: blended learning. Desafiando a inteligência da comunidade de educadores, seus idealizadores sugeriam o óbvio: agora, o ideal não era fazer tudo on-line, mas misturar o melhor da educação presencial com o melhor da sua versão on-line, construindo cursos híbridos. Mas isso já sabemos de outras áreas: como afirma Pierre Lévy, a possibilidade de ver as fotos do Louvre ou da Torre Eiffel na Internet faz com que mais gente queira visitar o museu e estimula o turismo “real”, e não simplesmente nos transforma em visitadores assíduos de museus on-line.
De qualquer forma, a educação a distância não é propriamente uma novidade. O uso de novas tecnologias para educação também não o é. Novo é o esforço sem precedentes em transformar a educação em produto inúcuo de consumo de massa. Isso implica, na maioria das vezes, em fazer com que as pessoas consumam mais do que podem realmente usar. No caso da educação, estão sendo criadas necessidades (reciclagem profissional, educação por toda a vida, aprendizado de novas habilidades) e produtos educacionais (cursos on-line, cursos em CD-ROM etc.) sem a correspondente criação de condições para “consumo” adequado desse material. Não consumimos produtos, mas imagens de sucesso, beleza etc. A educação on-line está inserindo o ensino nesse contexto. Assim, ela vende muito mais do que cursos: comercializa uma imagem de erudição, de sucesso profissional, de vantagem sobre as outras pessoas, de segurança. Há um claro conflito de culturas de uso: de um lado, a lógica da internet, fugaz, rápida, fria (no sentido de McLuhan). De outro, a lógica educacional, onde é necessário a persistência, a fidelidade, a informação quente.
8. Conclusão
O excessivo convencionalismo do ensino tradicional contrasta aparentemente com o ávido interesse, público e privado, em transformar, massificar, encapsular e virtualizar a educação.
Entretanto, são duas faces da mesma moeda: de um lado, a hierarquia, o abuso de poder, o engessamento criativo. De outro, as novas tecnologias que ajudam a recuperar o projeto político da integração total da universidade ao circuito produtivo. Nesse texto, discutimos os mitos e rumos da educação frente às novas tecnologias. Vimos que a transformação da docência acadêmica em produto industrial traz graves riscos à qualidade e ao tipo da formação dos alunos, além de enfraquecer a universidade como local alternativo de pensamento, reflexão e produção de novas tecnologias no interesse público. Vimos também que muitas promessas exageradas do ensino on-line já começam a serem desmistificadas. Entretanto, nada disso indica para a desvalorização das novas tecnologias.
Devemos usar o que a internet oferece de novo e positivo: a anonimidade (para jogos de aprendizado, por exemplo (BLIKSTEIN: 2001)), a eliminação de distâncias entre pessoas que têm (ou querem ter) um vínculo de relacionamento significativo, a possibilidade de criação e expressão pessoal, a descentralização da produção de conhecimento e de sua documentação, a ausência de formatos proprietários e as possibilidades de construção coletiva de projetos reais.
Outros elementos, que não lhe são tão particulares, dizem mais respeito à internet como mídia de transmissão de informações do que como matéria-prima de construção: a possibilidade de milhões de pessoas terem acesso a um página web, o suposto baixo custo, a falta de privacidade, o rastreamento das atividades dos usuários, o enorme tempo que gastamos teclando em vez de falar, a padronização, muitos dos softwares de inteligência artificial (agentes) que ao tentar ser inteligentes, mais aborrecem e limitam do que ajudam.
A internet é mais valiosa para a educação como matéria-prima de construção do que como mídia. Assim, em vez de entrar em um ambiente pré-construído, que os próprios alunos construam seus ambientes. Em vez de confiar a um grupo centralizado a produção de material didático, que os próprios alunos, de forma descentralizada, produzam documentação para ajudar outros alunos. Em vez de criar proibições, estimular as possibilidades e a responsabilidade cidadã de cada aprendiz. Em vez de testes de múltipla escolha, propor formas alternativas de avaliação qualitativa de projetos, e não de pedaços desconexos de informação. No lugar de massificar o que já existe, inaugurar um novo mundo de aprendizado onde a personalização não seja um mero narcisismo consumista, mas possibilidade de expressão e colaboração. Em vez da preponderância exclusiva da visão negocial, a recuperação e valorização de sua função pública, inclusiva e de resistência.
Apesar da implosão da bolha da Internet ter evidenciado os exageros daquela época, nossa empolgação naqueles anos dourados tem um sentido positivo. Quantos de nós não tivemos uma grande idéia para um site? Quantos não passaram noites em claro, imaginando um grande projeto? Isso mostra que, quando percebemos a luz da oportunidade, nosso espírito criativo e empreendedor renasce. É exatamente isso que devemos cultivar na educação, seja on-line ou presencial: esse brilho nos olhos, que se vê em crianças e adultos quando vislumbram a possibilidade de atuar no mundo, empreender projetos, melhorar a vida das pessoas, imaginar o que não existe, subverter a ordem, construir, destruir e reconstruir.
Que cantem, as sereias: a única educação que faz sentido é a que nos faz mudar o mundo.
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Paulo Blikstein
paulo@media.mit.edu
Pesquisador no Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Mestre pelo MIT Media Lab; engenheiro e mestre em engenharia pela
Escola Politécnica daUSP.
Marcelo Knörich Zuffo
mkzuffo@lsi.usp.br
Professor livre-docente do Departamento de Sistemas Digitais da Escola
Politécnica da USP. Engenheiro, mestre e doutor pela Escola Politécnica da USP.
Texto baseado em dissertação de Mestrado apresentada à Escola Politécnica da USP em 2001.
Resumo
As novas tecnologias têm um grande potencial para trazer grandes mudanças à educação. Entretanto, vemos que o paradigma da educação tradicional tem preponderado em um grande número de experiências, com o simples encapsulamento de conteúdo instrucional em mídias eletrônicas, apesar do discurso capturado de educadores progressistas. Possíveis causas e conseqüências desse processo são discutidas, como a integração da educação ao universo do consumo de massa, as demandas do novo mundo do trabalho à universidade e as promessas da educação on-line. Ao final, propomos princípios para a construção de ambientes de aprendizagem alternativos, utilizando as tecnologias como matéria-prima de construção e não só como mídia de transmissão de informações.
1. Ulisses revisitado
O segredo dos maiores escritores sempre foi um exercício de simplicidade: penetrar, com modéstia e determinação, naqueles poucos e recorrentes dilemas fundamentais da existência humana: amor, ódio, inveja, desejo, poder, paixão. Não é por acaso que suas obras continuam intactas, atuais e perturbadoras, séculos depois. Homero foi um desses, há mais de dois milênios atrás. Uma de suas mais famosas passagens vem da Odisséia, quando Ulisses pede para ser amarrado ao mastro de seu navio para poder ouvir os irresistíveis cantos das sereias, sem ser encantado e devorado por elas. Anterior às canetas esferográficas e aos processadores de texto, Homero tocou em uma dessas pulsões fundamentais, que nos aprisiona à nossa precária e apaixonante condição humana. A despeito de todos os avanços tecnológicos e sociais, elas devem permanecer intactas por mais uns tantos milênios.
Quase como o Ulisses de Homero, muitas profissões foram seduzidas, nos últimos anos, pelas encantantes melodias das novas tecnologias da comunicação e da informação. Nos primeiros anos da década de 90, foram os profissionais da informática, fascinados pelas perspectivas de riqueza instantânea e pela indubitável aura de sabedoria. Depois, foi a vez do comércio eletrônico e da “nova economia”, que embalaram sonhos de executivos e administradores e prometiam a completa transformação do mundo dos negócios. Mais tarde, veio o tempo do jornalismo eletrônico, da eliminação do papel, da personalização da notícia, da entrega em tempo real. Cada um receberia somente as notícias de seu interesse, toda manhã, sem precisar procurá-las por páginas e mais páginas de papel. Informatas, especialistas em comércio eletrônico e web-jornalistas, cada um a seu tempo, tiveram seu momento de glória, de exposição, de mágica sabedoria.
Mas... as sereias não brincam. Elas têm fome e finalmente mostraram a que vieram: devoraram, mastigaram, deglutiram sem piedade os web-designers, executivos e jornalistas. A bolha estourou, centenas de bilhões de dólares viraram poeira e... o sonho aparentemente acabou. Redescobrimos, duramente, algumas coisas que muitos acreditavam ultrapassadas. Em primeiro lugar, ainda gostamos, e com boas razões, de sair para fazer compras ou sentar calmamente para ler um jornal de papel. Há outras dimensões nessas duas atividades que não a simples minimização de custos e tempo. Em segundo lugar, os “serviços grátis” eram, primordialmente, uma estratégia de marketing. As empresas querem e precisam ter resultados positivos e não há contabilidade que faça sentido sem receita. Já dadas como mortas, as grandes corporações retomaram o fôlego e compraram boa parte do que sobrou, mostrando que não estão fora de moda, frágeis ou ultrapassadas. Pelo contrário, utilizando as novas tecnologias para agilizar suas operações pelo mundo, elas acabaram sendo grandemente beneficiadas. Em terceiro lugar, com o amadurecimento da tecnologia e o desaquecimento dos ânimos, percebeu-se que a mágica da multiplicação exponencial da audiência sem custos era um equívoco técnico. Um bom exemplo é o vídeo em tempo real (streaming) em que, ao contrário da televisão, cada usuário representa custo adicional para o emissor. Aplicações assim exigem uma quantidade maciça de investimento capital e de manutenção especializada, que não são baratos. Finalmente, vimos que as pessoas não querem (e não devem) passar as vinte e quatro horas do dia navegando na internet: há outras finalidades (bem mais interessantes) na existência humana. Ficaram algumas lições, que hoje parecem óbvias, mas que seriam consideradas retrógradas há alguns anos. Sabemos que sempre há exagero quando novas tecnologias chegam e todos temos a impressão de que elas vão varrer o antigo mundo do mapa. Freqüentemente, uns poucos ganham dinheiro e uma imensa maioria perde, diante da promessa de multiplicação milagrosa. Mas parecemos sempre esquecer de tudo isso quando deparamos com um desses momentos de deslumbramento.
Mesmo antes de terminar a digestão dos jornalistas, as sereias recomeçaram seus cantos. Encontraram um público numeroso e ávido por coisas novas: os educadores. Nunca se ouviu falar tanto de novas tecnologias para educação e essa prenunciada revolução tecnológica tem unido setores da sociedade que nem sempre caminham juntos: educadores, universidades públicas e privadas, empresas e governo. Novamente, vemos um discurso semelhante: tudo o que está aí será transformado, nada sobrará do mundo antigo, quem não se adaptar morrerá.
Será que estamos diante de uma verdadeira e unificante revolução ou de mais uma unanimidade à moda de Nelson Rodrigues1? Será que os educadores, amarrados ao mastro do navio de Ulisses, resistirão ao apelo das novas tecnologias ou acabarão encontrando nossos amigos executivos e jornalistas sendo revolvidos no estômago das sereias? E, afinal, quem são os grandes beneficiados por essas novas tecnologias? Empresas, poder público, educadores, escolas ou aquele esquecido elemento: o aprendiz?
2. Onde está a nova educação?
Em vez da transmissão unidirecional de informação, valoriza-se cada vez mais a interação e a troca de informação entre professor e aluno. No lugar da reprodução passiva de informações já existentes, deseja-se cada vez mais o estímulo à criatividade do estudantes. Não ao currículo padronizado, à falta de acesso à educação de qualidade, à educação “bancária”. Sim à pedagogia de projetos, à educação por toda a vida e centrada no aluno. Apesar de essas bandeiras serem quase unânimes, as respostas concretas a esses desafios ainda são raras e difusas. Uma das razões é que se deseja que as novas tecnologias resolvam todos esses problemas de uma vez, sendo que a base de todos eles não é, necessariamente, a ausência de uma determinada tecnologia. A estrutura de poder e a disciplina na educação tradicional não são fenômenos gratuitos ou espontâneos, mas tem raízes históricas consistentes, como sabemos de Emile Durkheim e Michel Foucault (SINGER: 1997). Portanto, não basta introduzir tecnologias – é fundamental pensar em como elas são disponibilizadas, como seu uso pode efetivamente desafiar as estruturas existentes em vez de reforçá-las.
Vale aí um exercício de imaginação. Vamos supor que uma nave extraterrestre, na Idade Média, tenha deixado na Terra um grande carregamento de computadores portáteis com uma rede sem fio semelhante à Internet. A população descobre o tal carregamento e, rapidamente, todo um feudo está cheio de computadores. O que iria acontecer? A primeira medida do senhor feudal seria catalogar as máquinas e decidir quem poderia tê-las ou não. Os líderes religiosos iriam rapidamente criar um código de conduta para o uso das novas máquinas. Os usos heréticos seriam banidos e uma equipe de fiscalização seria logo
colocada em operação.
Voltemos então aos nossos dias. Visitemos uma escola bem equipada em termos tecnológicos. Consultemos o manual de regras de uso da rede. Provavelmente, vamos encontrar lá mais proibições do que possibilidades: não se pode usar correio eletrônico, não se pode copiar arquivos da internet, há filtros e bloqueios de todos os tipos, o uso dos computadores é estritamente regulamentado, há cartazes em todas as paredes advertindo para as punições de quem não cumprir as regras. Qual é a mensagem que o aluno entende de tudo isso? Que as tecnologias vieram para dar-lhe mais espaço de criação? Ou vemos uma mera extensão dos mecanismos tradicionais de vigilância e punição da escola? E, afinal, há estudos que falam dos benefícios pedagógicos de filtrar a rede ou proibir o correio eletrônico? Temos visto que tais proibições têm pelo menos três causas. Em primeiro lugar, a preponderância da mentalidade de muitos dos tecnologistas (administradores de rede e projetistas de software), acostumados aos regulamentos e proibições do ambiente corporativo. Em segundo lugar, a preponderância da mentalidade de muitos dos administradores escolares, acostumados aos regulamentos e proibições do ambiente escolares. Em terceiro lugar, o modelo de disponibilização de equipamentos e tecnologias, em que escolas e professores são meros consumidores desses caros artefatos tecnológicos (SIPITAKIAT: 2002). Portanto, a forma de disponibilização e as mensagens ocultas no uso das novas tecnologias são tão importantes como a decisão de usá-las (BLIKSTEIN: 2002).
Em nosso cenário imaginário da Idade Média, qual seria o uso mais revolucionário das novas máquinas? Provavelmente, seriam inventados por pessoas que, escondidas em suas casas, criariam formas de se comunicar com seus colegas em outras partes do reino, burlar as proibições, marcar reuniões proibidas, conduzir projetos secretos, trocar livros vetados.
Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aqueles em que os alunos seguem receitas passo-a-passo ou quando empreendem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos regulamentos de conduta e comportamento?
Sabemos que uma boa parte da essência revolucionária se perde quando as tecnologias são assimiladas, padronizadas, burocratizadas. Alguns poderiam argumentar que, para as tecnologias serem utilizáveis, é necessário que seja assim mesmo. Não há como fabricar um carro no quintal, com martelos e pedaços de metal. É preciso industrializá-lo, produzi-lo em série. Entretanto, o principal argumento desse texto é que o computador, as tecnologias digitais e a Internet são revolucionários exatamente porque, sendo matéria prima digital, multiforme e de relativo baixo custo, podem ser reinventadas no quintal – podemos ser, ao mesmo tempo, produtores e consumidores. Mais do que isso, as mídias digitais oferecem infinito espaço para experimentações em diferentes níveis de realidade, seja programando o computador, editando filmes, fazendo robótica, construindo modelos computacionais ou elaborando sites na internet, com uma equação de custo fundamentalmente diferente. Que fique claro: não estamos falando do custo do ponto de vista negocial, da distribuição de conteúdos a baixo preço. Falamos do aluno, daquele que quer aprender e que não deseja necessariamente a solução de mídias que minimize o custo da empresa de ensino eletrônico, mas que maximize o que ele pode aprender.
E o que isso tudo está fazendo em um texto sobre educação a distância? As lições sobre o que ocorre com a tecnologia no ambiente escolar não podem ser esquecidas. Quando qualquer sistema, metodologia ou tecnologia de educação nos imagina apenas como consumidores de algo já mastigado, deglutido e digerido, boa parte de seu poder revolucionário se perdeu. Aliás, quando um sistema já nos apresenta, logo no início, coisas enquadradas e padronizadas, ele já está comunicando algo sobre como espera que nos comportemos. Daí tudo entra nos eixos dos antigos paradigmas, e passamos a pensar em termos das quatro operações: adição de conteúdos, redução de custos, multiplicação de alunos, divisão do número de professores.
É espantoso, por exemplo, que tantos e tantos softwares de gerenciamentos de cursos on-line usem a metáfora da escola – exatamente como ela é – como interface. Clicamos no ícone de “sala de aula” para acessar os conteúdos, em “secretaria” para nos registrar para as disciplinas, em “café” para uma conversa informal. O “fantasma” da escola tradicional mostra sua força até quando estamos desenhando uma interface que se pretende diferente. Mas há um motivo para a interface desses sistemas serem parecidos com a escola: é que eles funcionam quase como ela. A profissão da moda é o Design Instrucional. Ora, sabemos da semiótica que a forma com que nomeamos as coisas não é gratuita. Se já começamos assumindo que estamos falando de “instrução”, alguma coisa está errada. Da mesma forma, quando algumas empresas anunciam seus produtos de ensino on-line dizendo que permitem que professores e gerentes acompanhem minuciosamente o “desempenho” do aluno/funcionário, medido por testes de múltipla escolha, as coisas estão mais erradas ainda.
Cabe, portanto, um primeiro cuidado, já que vemos parceiros não habituais no mesmo barco. Será que governo, empresas, educadores, professores e alunos estão todos na mesma humilde canoa, buscando a transformação da educação e a emancipação do homem? Acreditamos que não. Governos buscam o atendimento às pressões sociais por mais educação, empresas buscam novas oportunidades de negócios, escolas buscam se adaptar aos novos tempos. Os discursos, entretanto, se confundem.
Essa confusão não é acidental. Educadores como Paulo Freire, John Dewey e Seymour Papert, entre outros, são também visionários, utopistas, têm projetos para a educação e para a sociedade. Como afirma o educador Fernando Almeida, além de toda a consistência e rigor teóricos, eles têm um discurso poderoso que seduz, encanta e apaixona. Entretanto, o que vemos ultimamente é que esses discursos têm sido paulatinamente esquartejados, mutilados, maltratados. Sua porção apaixonante tem sido usada como estratégia de marketing por empresas e gurus do ensino eletrônico e sua porção complexa, de difícil implementação, tem sido, muitas vezes, esquecida.
Ainda segundo Fernando Almeida:
Os processos de "encurtação" do tempo têm seus limites e se circunscrevem a algumas atividades humanas ou técnicas. Não servem para tudo. Os apressados historicamente são devorados pela realidade e insatisfeitos com o tempo de gestação dizem o que não fizeram, prometem o que não podem, criticam os que falam a verdade e, ao fim, se desesperançam. (ALMEIDA: 2002)
Para confirmar isso, basta comparecer a uma conferência de tecnologia educacional. A reclamação mais comum é a de que falta conteúdo. Dezenas de artigos são apresentados com fantásticos sistemas de gerenciamento de cursos on-line e laboratórios virtuais, festeja-se a interatividade e a interação, mas no final todos reclamam da falta de conteúdo. Essa reclamação já parte do pressuposto de que podemos tratar o conteúdo como entidade estática e congelada no tempo, o qual deve ser provido por uma equipe centralizada e especializada.
Mas, apesar de toda a simpatia com o movimento do General Ned Ludd, que quebrava as máquinas das fábricas inglesas no século XIX, esse texto não é neo-ludista, não é contra as máquinas ou as tecnologias. Ele é a favor da educação como um instrumento de libertação, de engrandecimento da condição humana, de descoberta de nossas potencialidades – e da tecnologia como grande fio condutor deste processo de mudança. Como afirma Pierre Lévy, é exatamente o uso intensivo das tecnologias que caracteriza nossa condição humana. Ele rejeita a metáfora do “impacto”, como se o homem fosse um alvo fixo, e as tecnologias projéteis externos (LÉVY: 1999). Tecnologia não é desumanizadora, pelo contrário – desumanizador é o uso que nós, homens, fazemos dela. A educação tradicional (anterior a toda tecnologia), tal como na metáfora do copo meio vazio, vê o aluno sempre como um ser em falta com os conteúdos, o comportamento e a motivação. Segundo essa visão, o aluno ainda não sabe, não pode, não se motiva e não está preparado. A educação deveria servir exatamente para que descubramos que sabemos, que podemos, que estamos preparados e que queremos mais. E isso não é apenas utopia, mas observação científica: nosso estudo de campo com mais de 200 crianças de escolas públicas brasileiras mostra que, quanto mais confiamos nelas, quanto menos proibições existem no ambiente, quanto mais convivial é a atmosfera, mais elas demonstram responsabilidade, maturidade, motivação e interesse (BLIKSTEIN: 2002). Marshall McLuhan (há quase 30 anos) já dizia que:
”A educação escolar tradicional dispõe de impressionante acervo de meios próprios para suscitar em nós o desgosto por seja qual for a atividade humana, por mais atraente que seja de partida.” (apud LIMA: 1971)
3. O e-mail e as ferrovias
Quando comentamos o aspecto sedutor das novas tecnologias e a pressa em infiltrá-las em todas as atividades humanas, cabe lembrar o argumento de Christopher Lasch, em “The Minimal Self”, publicado no longínquo ano de 1984. Lasch comenta como atividades e tecnologias são abandonadas precipitadamente, diante das promessas fantásticas das novas. O carro é um exemplo canônico, que não simplesmente acrescentou outro meio de transporte aos existentes, mas...
...conseguiu a sua proeminência à custa dos canais, estradas de ferro, ônibus e carruagens a cavalo, forçando assim a população a depender quase exclusivamente
do transporte automóvel, mesmo naqueles casos em que é manifestamente inadequado, tais como ir e vir do trabalho.” (LASCH: 1984).
O exemplo dos carros de Lasch pode ser facilmente estendido a numerosas tecnologias, como o telefone celular e o correio eletrônico. A segunda conseqüência do deslumbramento com as novas tecnologias é a aceitação de que sua abundância resolve todos os problemas. Já vimos isso com o uso da televisão na educação e vemos agora no discurso da revolução da informação, da democracia informacional, em que todos teriam acesso à informação em tempo real. É o teorema da chuva: façamos cair do céu computadores e redes em todos os cantos do planeta e os problemas se resolverão. Mas informação para quê? Lasch nos lembra que a abundância de escolhas é uma das causas do mal-estar e da ansiedade crônica do homem moderno – portanto, a idéia de que a moderna cultura de massa universaliza e democratiza bens e escolhas antes restritas aos mais ricos é, no mínimo, questionável. Henrique Del Nero, psiquiatra, mostra em “O Sítio da Mente” que a disponibilidade oceânica de informação não é garantia de aprendizado ou de construção de conhecimento:
“A pesquisa sem direção, sem nítido elemento conceitual que possa digerir e organizar a informação, pode criar pseudoculturas, idiot-savants. [...] Se essa informação é em quantidade enorme e muito rápida, não é demais imaginar que surjam patologias ansiosas, além da ignorância travestida de modernidade, pela exposição a contextos diversos e pouco sintetizáveis.” (DEL NERO: 1997)
Sergio Paulo Rouanet também comenta e critica a confusão não-acidental entre sociedade da informação e do conhecimento, reafirmando o que diz Del Nero sobre a necessidade do trabalho interno de reflexão para transformar informação em conhecimento. Ignorar essa diferença, segundo Rouanet, é usar esses fatos como ideologia em seu sentido clássico, ou seja, “um conjunto de idéias para mistificar relações reais, a serviço de um sistema de dominação” (ROUANET: 2002).
4. Mais do mesmo
Entretanto, quais outras diferenças vemos nesses múltiplos discursos que recuperam a educação como salvadora da pátria? Uma das linhas de argumentação parte da idéia de que há novas demandas da sociedade, que pedem a não-massificação, o uso dos computadores na educação, da educação por toda a vida, a familiaridade com a tecnologia como fator de sobrevivência profissional. Mas de quem são essas novas demandas?
A cada semana, nos cadernos de empregos dos grandes jornais, podemos contar dezenas de bordões relacionados ao tema, como “um novo trabalho”, “o fim do emprego” etc. O economista e professor José Pastore afirma no caderno de empregos da Folha de São Paulo:
“Para não perder a corrida, os trabalhadores têm que ser bem-educados e superar a inteligência da máquina. O novo mundo do trabalho não será benevolente com os incapazes e os preguiçosos. À juventude só resta se preparar adequadamente. Aos mais velhos, atualizar-se no que é possível. Aos governos, providenciar novas instituições e melhor educação”. (PASTORE, 1999) (Grifos meus)
Percebemos com clareza que a questão de fundo são as relações do sistema educacional com o sistema produtivo. Não estamos assistindo, necessariamente, a um “despertar para a sabedoria” do establishment produtivo: o problema é que a educação tradicional está se mostrando insuficiente para o tipo de mão de obra que se requer no suposto novo mundo do trabalho: não mais trabalhadores autômatos e repetitivos, mas ambiciosos e multifuncionais.
As mudanças estruturais que as empresas atravessaram, a redução de níveis hierárquicos, a concentração de funções, o aumento da carga de trabalho e a introdução intensiva de tecnologias modificaram as habilidades que se exigem dos empregados. A finalidade, entretanto, continua a mesma, segundo o sociólogo Ricardo Antunes:
“O ‘trabalho polivalente’, ‘multifuncional’, ‘qualificado’, combinado com uma estrutura mais horizontalizada e integrada entre diversas empresas [...] tem como finalidade a redução do tempo de trabalho. [...] De fato, trata-se de um processo de organização do trabalho cuja finalidade essencial, real, é a intensificação das condições de exploração da força de trabalho.” (ANTUNES: 2000)
Evidentemente, essa demanda por profissionais diferentes tem reflexos sobre quem os forma: a Universidade. Segundo Boaventura Souza Santos, sociólogo português, a crescente demanda social por profissionais extremamente capacitados tem feito crescer a duração do ciclo de formação universitária. A necessidade de abolir a seqüência educação trabalho e estabelecer uma relação simultânea fica clara, bastando observar o grande fortalecimento das “centrais de estágio” em todas as faculdades, inclusive para alunos dos primeiros anos.
A acelerada transformação dos processos produtivos faz com que a educação deixe de ser anterior ao trabalho para ser concomitante deste. A formação e o desempenho tendem a fundir-se num só processo produtivo, sendo disso sintomas as exigências da educação permanente, da reciclagem, da reconversão profissional, bem como o aumento da percentagem de adultos e de trabalhadores-estudantes entre a população estudantil. (BOAVENTURA: 1995)
Ora, nesse contexto, nada mais sedutor do que a promessa de fazer cursos sem sair de casa, no seu próprio ritmo, sem tanto esforço, por preços muito baixos. Idéias aparentemente já consagradas, como a aprendizagem para toda a vida, merecem uma análise cuidadosa. Segundo o polêmico pesquisador francês Eric Barchechat, assistimos a um processo de transferência da responsabilidade pela atualização profissional (e da culpa da eventual estagnação pessoal) da empresa para o empregado, assim como boa parte seus custos. Somos agora obsessivamente responsáveis por aprender por toda a vida para manter nossos empregos, dedicando mais e mais horas do nosso tempo – caso contrário, cairemos na vala comum dos preguiçosos e incapazes, para usar os termos de José Pastore. A suposta causa do desemprego ou da falta de oportunidades não são os fundamentos da economia, mas o “despreparo” dos trabalhadores.
Mas usar a educação como remédio universal não é também novidade. Tyack & Cuban, em “Thinkering towards utopia” (TYACK: 1995), mostram como muitas vezes é mais fácil receitar “remédios educacionais” imediatistas para males sociais do que resolvê-los. É mais fácil, por exemplo, prover a população de educação técnica do que resolver as grandes desigualdades de salários e níveis de renda do país. É mais fácil criar cursos de Ética Empresarial do que mudar as penas para sonegação fiscal ou golpes no mercado de capitais.
Com a competição cada vez mais acirrada, as empresas consideram que a alta velocidade de inovação é a única saída. Entretanto, os conceitos e discursos aí envolvidos são perigosos: invenção, criatividade, inovação, humanização: será que são todos sinônimos? Um esclarecimento vem da entrevista concedida à revista Veja por Larry Elisson, fundador e presidente da Oracle, uma das maiores empresas de software do mundo:
Veja – Seus críticos dizem que seu sistema de administração via web transforma as empresas em computadores, em que todo o lado humano se perde. Os funcionários viram meros robôs...
Ellison – Certos procedimentos funcionam em qualquer parte do mundo. Não adianta querer inventar. Querer ser muito criativo. Isso custa caro. Quer ser criativo? Escreva um romance. As empresas não precisam de criatividade. Precisam de inovação, e isso só se consegue com uma gerência centralizada que una todos os esforços de todas as filiais espalhadas pelo mundo. Isso só se consegue, por um
preço viável, via internet. (VEJA: 2000)
A demanda por um novo tipo de profissional, multifuncional, polivalente e inovador recai sobre a universidade. Sua estrutura atual, entretanto, não pode (e nem deve) acompanhar a velocidade de mudança do mercado nem o custo resultante do atendimento a todas as demandas que lhe são feitas. Pelo contrário, ao mesmo tempo em que novas exigências aparecem, as políticas de financiamento público ficam cada vez mais restritivas (SANTOS: 1995).
Portanto, vemos que o discurso do “novo trabalho” tem conseqüências diretas naquele da “nova educação”. E como esse discurso está penetrando no nosso imaginário?
5. Jeans personalizados
Na Figura 1 temos a reprodução de um material publicitário da Levi’s americana. A empresa oferece um serviço surpreendente: podemos escolher o tamanho, a cor e o corte de uma calça jeans e recebê-la em quinze dias. Esse tipo de serviço é festejado por muitos gurus norte-americanos como o final da produção em massa e do nascimento da produção personalizada. Segundo tais futurólogos, essa nova era permitirá que nos emancipemos da ditadura da produção em massa para mergulharmos felizes no mundo customizado – para usar um anglicismo tão discutível quanto a idéia.
Sabemos que não estamos diante de nenhuma revolução, mas apenas de uma estratégia de marketing, já apelidada de “personalização em massa”. A promessa é certamente sedutora: produtos únicos, personalizados. Na verdade, trata-se apenas de um engenhoso esquema de venda direta ao consumidor acompanhado de um cuidadoso estudo estatístico.
A educação conheceu, no passado, um processo semelhante àquele das calças jeans: a massificação. Agora, as ditas “novas tecnologias” prometem igualá-la em status às Levi’s. Nosso imaginário é povoado pela idéia de uma educação personalizada, entregue ao gosto do freguês, quase sem custo, no conforto do lar. À primeira vista, parecem promessas excelentes – mas o que efetivamente muda?
A promessa de ampliação do sistema de educação superior, uma recorrente e justa demanda da sociedade, não é nova. O acesso à educação superior é supostamente um dos caminhos clássicos de mobilidade social. Pierre Bourdieu, que estudou detalhadamente o sistema educacional superior francês na década de 60, concluiu que a educação é uma das principais instituições de controle e alocação de status e privilégios nas sociedades contemporâneas (SWARTZ: 1997).
Para Bourdieu, entretanto, as iniciativas públicas de ampliação do sistema educacional como instrumento de redução de desigualdades sociais tiveram o efeito contrário. Apesar dos avanços nesse sentido, as desigualdades persistiram e, na verdade, até se aprofundaram, com a herança de diferenças culturais que estratificam o desempenho acadêmico e a colocação profissional. Boaventura lembra que uma alternativa para combater o elitismo da universidade foi a abertura, em grande escala, de vagas no ensino superior que
[...] possibilitaram a massificação da universidade e com ela a vertigem da distribuição (se não mesmo produção) em massa da alta cultura universitária.” (SANTOS: 1995)
A idéia era que a escolarização universal acabaria por atenuar a dicotomia entre alta cultura e cultura de massas. Novamente, não foi o que ocorreu. O resultado não foi a eliminação da dicotomia, mas o seu deslocamento para dentro do próprio sistema universitário, como sabemos também de Bourdieu. Estabeleceu-se uma distinção que permanece até os dias de hoje: universidade de elite e universidade de massas.
Eric Barchechat, autor de um detalhado estudo sobre os usos de novas tecnologias nas escolas da Comunidade Européia (Socrates Mailbox) (BARCHECHAT: 1998), afirma que as novas alternativas de educação a distância são mais promissoras exatamente para quem já passou pelo sistema educacional formal e adquiriu autonomia, repertório e disciplina para o estudo individualizado, auto-regulado. Embora a promessa das novas tecnologias, em particular da educação a distância, seja a universalização da educação de alto nível, a possibilidade de personalização do currículo, de estudo no próprio ritmo, sem deslocamentos físicos, o que observamos é que, além de não serem promessas novas, não parecem tocar
no ponto principal: mudar o jeito de aprender para que, entre outras coisas, o aprendizado seja mais inclusivo. A simples industrialização de produtos educacionais convencionais, adicionados de animações ou conversa eletrônica, certamente vai continuar beneficiando a pequena elite que pode fazer uso deles. No entanto, se entendermos a educação como algo que deve partir na realidade do aprendiz, no sentido de Paulo Freire, vislumbramos outras possibilidades mais inclusivas (porque tratam dos problemas que são importantes e familiares para as pessoas) e menos massificadas. A maior perversidade reside no uso comercial que se tem feito de tudo isso, com o objetivo de atender à demanda já providencialmente criada pelo pânico da desatualização profissional, pela necessidade de treinamento constante etc. Aliás, nada diferente do que acontece no Brasil com a proliferação de universidades particulares de baixa qualidade.
6. O ensino como commodity
O historiador canadense David Noble, em sua série de artigos “Digital Diploma Mills: the automatization of higher education”, faz uma profunda análise do fenômeno.
Por trás da mudança, e camuflada por ela, há outra: a comercialização da educação superior. Aqui, como em qualquer lugar, a tecnologia não é nada além de um veículo e um disfarce para desarmar as pessoas. (NOBLE: 1998)
Em sua análise, Noble afirma que a grande mudança que ocorreu na universidade nas últimas duas décadas foi o reconhecimento de que é um lugar importante de acumulação de capital. Isso acabou por converter a atividade intelectual em capital intelectual e, portanto, em propriedade intelectual. Esse processo teve várias fases e começou com a commoditização da pesquisa universitária há vinte anos, garantindo a transformação do conhecimento científico e tecnológico em um produto comercializável. A segunda fase, que ocorre atualmente, é a da commoditização da função educacional da universidade, que converte cursos em material didático e encapsula a atividade docente em produtos comerciais que podem ser negociados no mercado.
Segundo ele, as conseqüências da commoditização da pesquisa universitária foram nefastas para o ensino nas universidades. O número de alunos por classe aumentou, os recursos humanos e materiais para educação foram reduzidos e salários congelados. Ao mesmo tempo, as anuidades pagas pelos alunos aumentaram significativamente (nos EUA, onde a grande maioria do sistema de ensino superior é pago, mesmo nas universidades públicas), para financiar a criação e manutenção de uma infra-estrutura comercial e administrativa inchada.
Os dados mais recentes, nas palavras de Noble, apontam para:
“Cursos baseados no computador, com sua ilimitada demanda de tempo dos instrutores e grandes custos adicionais (equipamento, manutenção, pessoal técnico
e administrativo) – custam mais e não menos do que a educação tradicional, mesmo com a redução do custo do trabalho humano direto, e portanto precisam de
financiamento externo ou taxas adicionais de tecnologias cobradas dos estudantes.”(idem)
Em muitas universidades, esse processo está convertendo professores em funcionários de uma linha de produção de materiais instrucionais que, portanto, ficam sujeitos a todas as pressões que todos os trabalhadores de outros ramos de atividade sofreram com processos de mudança tecnológica.
Segundo Noble, com os cursos on-line, os administradores ganham um controle sem precedentes sobre o conteúdo e o seguimento deles, para objetivos nem sempre positivos, como a censura. Ao mesmo tempo, o uso de tecnologia aumenta as horas de trabalho e intensifica-o (com escritórios em casa e a acessibilidade permanente de professores e alunos etc.), como afirma também Ricardo Antunes. Noble alerta para a tendência de proletarização da atividade educacional, aumento da velocidade, padronização do trabalho, maior disciplina e supervisão gerencial, menor autonomia e a contaminação da lógica de
redução de custos e aumento da lucratividade. Segundo alguns especialistas de Wall Street, citados por ele, o mesmo processo de desprofissionalização sofrido pelos médicos, com o crescimento das empresas administradoras de planos de saúde, está acontecendo na educação. Há um crescente desinteresse pelas empresas gerenciadoras de saúde (HMO, ou Health Management Organizations) e grandes expectativas pelas EMO (Educational Management Organizations).
É sintomático que o presidente da Educom, uma associação de várias universidades que promove a educação on-line, Robert Heterich, tenha declarado que:
“Hoje estamos olhando para um ambiente altamente pessoal, mediado pelo ser humano. O potencial para remover a mediação humana em algumas áreas e substituí-la por tecnologia, computadores, sistemas inteligentes e redes é enorme. Isso tem que acontecer.” (apud NOBLE: 1998)
Ao mesmo tempo em que as universidades vêem crescer sua carência de recursos materiais, elas sabem que têm um produto valorizado no mercado: o saber-fazer da educação. A solução de muitas iniciativas norte-americanas, como vimos, é transferir a linha de montagem de cursos para dentro da universidade, usando os atuais recursos humanos sem grande incremento de custo. A propriedade intelectual, entretanto, vai para a instituição ou para as empresas que exploram comercialmente o material, assim como as decisões políticas/comerciais/institucionais sobre sua utilização.
A UNEXT, uma empresa de educação e internet fundada por professores famosos (inclusive com dois prêmios Nobel), tem contratos com várias universidades norte americanas e negocia com outras o uso de seus materiais didáticos nos cursos virtuais da empresa. A crítica de vários professores da Universidade de Chicago (uma das que tem contrato com a UNEXT) é que ela está abrindo mão da integridade intelectual (desvalorizando o diploma da universidade, que emprestaria sua marca também) em nome do interesse financeiro de alguns de seus dirigentes (alguns, curiosamente, também são sócio-fundadores da UNEXT). A empresa responde que, disponibilizando seu material on-line, as universidades aumentarão sua presença internacional, além de aumentar sua receita (KUO: 1999). Uma interessante resposta a esse debate veio do Massachusetts Institute of Technology em 2001, quando simplesmente decidiu disponibilizar gratuitamente todo o material de seus cursos, assumindo que não se tratava de ensino a distância, mas de uma contribuição pública. O MIT continua tendo um departamento de cursos executivos presenciais e a distancia, mas preferiu separar esse tipo de atividade de suas disciplinas tradicionais para os alunos de engenharia. A atitude mudou o cenário e a estratégia de várias universidades nos Estados Unidos, anteriormente dominada pela lógica empresarial.
É um bom alarme para os que prezam o conhecimento como patrimônio público: não nos esqueçamos de que as universidades públicas brasileiras estão cada vez mais sufocadas financeiramente e que oportunidades de gerar recursos com cursos on-line deverão parecer tentadoras, mas possivelmente não serão as que mais contribuirão para atenuar a exclusão social no Brasil.
7. E - educação ou não-educação?
Afinal de contas, educação por meios eletrônicos funciona? Talvez essa seja a pergunta errada. Podemos afirmar que a educação presencial funciona? Apesar de vários estudos (DILLON: 1999, MUIRHEAD: 2000, JAASMA: 2000, FASTCOMPANY: 2000) apontarem para as insuficiências da interação exclusivamente on-line, nada indica que a educação a distância não possa ser mais uma das muitas formas de aprender. Edith Ackermann afirma que a maioria dos projetos confia quase que exclusivamente no texto escrito como forma de interação entre pares (e-mail, listas de discussão), esquecendo-se de que ele é apenas uma das formas pelas quais as pessoas se comunicam. Na maioria desses cursos, “as pessoas conversam sobre a conversa sobre a conversa... é tudo discursivo” (ACKERMANN: 2002).
O perigoso, na verdade, é considerar a educação a distancia como um milagre multiplicativo que vai salvar a pátria, como afirma Huberman:
O termo inovação é altamente traiçoeiro, sendo ao mesmo tempo sedutor e enganoso: sedutor, porque implica melhoramento e progresso, ao passo que em realidade apenas significa alguma coisa de novo e diferente. Enganoso, porque desvia a atenção da substância da atividade em causa – o aprendizado – em favor do cuidado da tecnologia da educação. (HUBERMAN: 1973)
Vamos novamente lembrar do fenômeno que descrevemos no início desse texto: os exageros e a impressão de que tudo muda repentinamente. Há alguns anos, no alvorecer dos cursos on-line, visionários já anunciavam o fim das aulas presenciais e a possibilidades de lucros infinitos por meio da entrega personalizada de conteúdos educacionais. A ilusão de que se poderia produzir alguns cursos e distribuí-los em massa a custos desprezíveis ganhou força. Cursos on-line eram oferecidos como brindes na venda de CDs e livros, por meio de empresas de nomes sugestivos como a notHarvard.com. Era o tempo do EduCommerce, do content delivery. A realidade, entretanto, era que os cursos tinham evasão altíssima e, quando eram de boa qualidade e contavam com 100% de freqüência, custavam o mesmo ou mais que seus equivalentes presenciais, a não ser que a escala fosse enorme (como afirma D. Laudrillard, vice-reitora da Open University inglesa, uma das mais antigas instituições de ensino a distância do mundo (LAURILLARD: 2000).
David Cavallo diz que:
Estamos abandonando a abordagem tradicional na educação presencial, mas muitas pessoas fazem isso em educação a distância e dizem “oh, veja que grande avanço, nós fizemos isso a distância”. Em outras palavras, estamos usando um mau modelo presencial e aplicando-o a distância.” (CAVALLO: 2001)
Ou como afirma uma dos entrevistados do estudo da revista Fast Company:
“Se educação a distância fosse uma ferramenta viável, todos nós que assistimos o “Travel Channel” teríamos doutorado em culturas mundiais. Simplesmente disponibilizar informação é tão educacional como ler um teleprompter.” (FASTCOMPANY: 2000)
Diante de todos esses problemas e decepções, em 2001, um novo termo surgiu: blended learning. Desafiando a inteligência da comunidade de educadores, seus idealizadores sugeriam o óbvio: agora, o ideal não era fazer tudo on-line, mas misturar o melhor da educação presencial com o melhor da sua versão on-line, construindo cursos híbridos. Mas isso já sabemos de outras áreas: como afirma Pierre Lévy, a possibilidade de ver as fotos do Louvre ou da Torre Eiffel na Internet faz com que mais gente queira visitar o museu e estimula o turismo “real”, e não simplesmente nos transforma em visitadores assíduos de museus on-line.
De qualquer forma, a educação a distância não é propriamente uma novidade. O uso de novas tecnologias para educação também não o é. Novo é o esforço sem precedentes em transformar a educação em produto inúcuo de consumo de massa. Isso implica, na maioria das vezes, em fazer com que as pessoas consumam mais do que podem realmente usar. No caso da educação, estão sendo criadas necessidades (reciclagem profissional, educação por toda a vida, aprendizado de novas habilidades) e produtos educacionais (cursos on-line, cursos em CD-ROM etc.) sem a correspondente criação de condições para “consumo” adequado desse material. Não consumimos produtos, mas imagens de sucesso, beleza etc. A educação on-line está inserindo o ensino nesse contexto. Assim, ela vende muito mais do que cursos: comercializa uma imagem de erudição, de sucesso profissional, de vantagem sobre as outras pessoas, de segurança. Há um claro conflito de culturas de uso: de um lado, a lógica da internet, fugaz, rápida, fria (no sentido de McLuhan). De outro, a lógica educacional, onde é necessário a persistência, a fidelidade, a informação quente.
8. Conclusão
O excessivo convencionalismo do ensino tradicional contrasta aparentemente com o ávido interesse, público e privado, em transformar, massificar, encapsular e virtualizar a educação.
Entretanto, são duas faces da mesma moeda: de um lado, a hierarquia, o abuso de poder, o engessamento criativo. De outro, as novas tecnologias que ajudam a recuperar o projeto político da integração total da universidade ao circuito produtivo. Nesse texto, discutimos os mitos e rumos da educação frente às novas tecnologias. Vimos que a transformação da docência acadêmica em produto industrial traz graves riscos à qualidade e ao tipo da formação dos alunos, além de enfraquecer a universidade como local alternativo de pensamento, reflexão e produção de novas tecnologias no interesse público. Vimos também que muitas promessas exageradas do ensino on-line já começam a serem desmistificadas. Entretanto, nada disso indica para a desvalorização das novas tecnologias.
Devemos usar o que a internet oferece de novo e positivo: a anonimidade (para jogos de aprendizado, por exemplo (BLIKSTEIN: 2001)), a eliminação de distâncias entre pessoas que têm (ou querem ter) um vínculo de relacionamento significativo, a possibilidade de criação e expressão pessoal, a descentralização da produção de conhecimento e de sua documentação, a ausência de formatos proprietários e as possibilidades de construção coletiva de projetos reais.
Outros elementos, que não lhe são tão particulares, dizem mais respeito à internet como mídia de transmissão de informações do que como matéria-prima de construção: a possibilidade de milhões de pessoas terem acesso a um página web, o suposto baixo custo, a falta de privacidade, o rastreamento das atividades dos usuários, o enorme tempo que gastamos teclando em vez de falar, a padronização, muitos dos softwares de inteligência artificial (agentes) que ao tentar ser inteligentes, mais aborrecem e limitam do que ajudam.
A internet é mais valiosa para a educação como matéria-prima de construção do que como mídia. Assim, em vez de entrar em um ambiente pré-construído, que os próprios alunos construam seus ambientes. Em vez de confiar a um grupo centralizado a produção de material didático, que os próprios alunos, de forma descentralizada, produzam documentação para ajudar outros alunos. Em vez de criar proibições, estimular as possibilidades e a responsabilidade cidadã de cada aprendiz. Em vez de testes de múltipla escolha, propor formas alternativas de avaliação qualitativa de projetos, e não de pedaços desconexos de informação. No lugar de massificar o que já existe, inaugurar um novo mundo de aprendizado onde a personalização não seja um mero narcisismo consumista, mas possibilidade de expressão e colaboração. Em vez da preponderância exclusiva da visão negocial, a recuperação e valorização de sua função pública, inclusiva e de resistência.
Apesar da implosão da bolha da Internet ter evidenciado os exageros daquela época, nossa empolgação naqueles anos dourados tem um sentido positivo. Quantos de nós não tivemos uma grande idéia para um site? Quantos não passaram noites em claro, imaginando um grande projeto? Isso mostra que, quando percebemos a luz da oportunidade, nosso espírito criativo e empreendedor renasce. É exatamente isso que devemos cultivar na educação, seja on-line ou presencial: esse brilho nos olhos, que se vê em crianças e adultos quando vislumbram a possibilidade de atuar no mundo, empreender projetos, melhorar a vida das pessoas, imaginar o que não existe, subverter a ordem, construir, destruir e reconstruir.
Que cantem, as sereias: a única educação que faz sentido é a que nos faz mudar o mundo.
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